Seleção Biométrica 


Para a seleção Biométrica, de Edson Ecks, o meio bio-fisioquimico (natural/artificial)  fisioquimico (Espaço sideral-Terrestre) é ativo no processo evolutivo, suas divisões conduzem distinções entre espécies, ambiente-organismo são inter-dependentes, que na luta pela a existência dos ambientes-organismos, organismos-organismos , ambientes-ambientes,  seleciona, desprende caracteres, perpetuando o ambiente-organismo mais biométricamente apto a sobreviver em determinado espaço-tempo. Edson X, fev-2021, Amazon e-book 



As duas passagens, a Lei da Seleção Biométrica de Edson Ecks e o artigo "A Terra é viva, geradora de todos os seres vivos" de Leonardo Boff, apresentam correlações significativas, principalmente na visão da interdependência profunda entre o organismo e o meio ambiente e a natureza físico-química da vida.

A principal diferença reside no mecanismo de persistência: Ecks foca na seleção por meio da "luta pela a existência" (competição) e divisões dos processos bio-fisioquimicos , enquanto Boff enfatiza a cooperação e a auto-organização (sinergia/sintropia).

Abaixo estão as correlações:

1. O Meio Ambiente como Agente Ativo e Integrado

Ambos os autores veem o meio ambiente como um participante ativo e não apenas como um cenário passivo para a vida.


Correlação Lei da Seleção Biométrica (Edson Ecks) A Terra é viva... (Leonardo Boff)

Interdependência Afirma diretamente que "ambiente-organismo são inter-dependentes". O resultado do processo seletivo é a perpetuação do "ambiente-organismo" mais apto, tratando-os como uma unidade inseparável. Adota a Hipótese de Gaia (Lovelock/Margulis), que postula a Terra como um "imenso super-organismo vivo que se autorregula" (atmosfera, oceanos, rochas, etc., trabalhando em conjunto), implicando uma interdependência sistêmica total.

Meio Ativo na Evolução O "meio bio-fisioquimico" é explicitamente "ativo no processo evolutivo". Menciona que os elementos da vida "trocam continuamente energia com o meio ambiente" (estruturas dissipativas de Prigogine), e que a vida pertence ao "processo evolucionário" desde as partículas originais até a biosfera.

2. A Fundação Físico-Química e a Dinâmica de Energia

Os textos reconhecem que o processo da vida e da evolução está intrinsecamente ligado a elementos materiais e trocas de energia.


Correlação Lei da Seleção Biométrica (Edson Ecks) A Terra é viva... (Leonardo Boff)

Base Material A seleção ocorre no "meio bio-fisioquimico (natural/artificial) fisioquimico", ancorando o processo em bases biológicas e materiais. Cita Duve, afirmando que a vida é composta por elementos físico-químicos específicos (carbono, hidrogênio, oxigênio, etc.). Prigogine demonstra a vida através da dinâmica físico-química de "estruturas dissipativas" (troca contínua de energia).

Manutenção da Ordem

O processo "seleciona, desprende caracteres, perpetuando o ambiente-organismo mais biométricamente apto a sobreviver", ou seja, mantém uma forma de ordem estável (o "apto") em um dado espaço-tempo. Cita Prigogine (Sintropia), onde as estruturas dissipativas "metabolizam a desordem e o caos... em ordens e estruturas complexas" (Negentropia), mantendo um "equilíbrio precário entre ordem e desordem".

Em resumo, ambos os autores convergem na ideia de um universo onde o organismo e o ambiente formam uma unidade dinâmica e ativa, baseada em processos físico-químicos, que busca continuamente a manutenção e a persistência da vida. 




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Leonardo Boff



Filósofo, teólogo, professor aposentado de Ética da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, professor visitante em diversas universidades europeias, possui títulos de doutor honoris causa e escrit...ver mais



A Terra é viva, geradora de todos os seres vivos 


13.out.2025 às 18h27


Atualizado em 15.out.2025 às 14h36






A Terra é viva, geradora de todos os seres vivos 

A vida pertence ao processo evolucionário, desde as partículas mais originárias, passando pelo gás primordial, as supernovas, as galáxias, o pó cósmico, a geosfera, a hidrosfera, a atmosfera e finalmente a biosfera. - Nasa/JPL


O pensamento, a comunicação pela palavra, a solidariedade, o amor são energias fortíssimas com escasso nível de entropia e alto nível de sintropia.

Há um consenso na comunidade científica de que a Terra é viva. Por exemplo, num só grama de terra, ou seja, menos de um punhado, vivem cerca de 10 bilhões de micro-organismos: bactérias, fungos e vírus  afirma-nos o grande biólogo E.Wilson em “A criação: como salvar a vida na Terra”, (2008, p. 26). São invisíveis mas sempre ativos, trabalhando para que a Terra permaneça viva e fértil. A Terra, assim cheia de vida, é a mãe geradora de todos os seres vivos.


Tal constatação não era evidente. Tanto para Einstein quanto para Bohr “a vida ultrapassa a capacidade de compreensão da análise científica”(N.Bohr, Atomic Physis and  human knowledge, 1956 cp. Light and Life,p.6). Entretanto a aplicação da física quântica, da teoria da complexidade (Morin), do caos (Gleick, Prigogine) e da biologia genética e molecular (Maturana, Capra) mostraram que a vida pertence ao processo evolucionário, desde as energias e partículas mais originárias, passando pelo gás primordial, as grandes estrelas vermelhas, as supernovas, as galáxias, o pó cósmico, a geosfera, a hidrosfera, a atmosfera e finalmente a biosfera. 


Como afirma o prêmio Nobel em biologia de 1974, Christian du Duve: “o carbono, o hidrogênio, o nitrogênio, o oxigênio, o fósforo e o enxofre formam a maior parte da matéria viva” (Poeira vital:a vida como imperativo cósmico 1995 cp.1). 


Foi mérito especial de Ilya Prigogine, prêmio Nobel em química em 1977, mostrar que não basta a presença dos elementos físico-químicos. Eles trocam continuamente energia com o meio ambiente. Consomem muita energia e, por isso, aumentam a entropia (desgaste da energia utilizável). Ele as chamou, com razão, de estruturas dissipativas (gastadoras de energia). Mas são igualmente estruturas dissipativas num segundo sentido, paradoxal, por dissiparem a entropia, pelo fato de metabolizarem a desordem e o caos do meio ambiente em ordens e estruturas complexas. Elas se auto-organizam, fugindo à entropia, produzindo negentropia – entropia negativa; positivamente – produzem sintropia (Order out  of Chaos, 1984). 


O que é desordem para um serve de ordem para outro. É através de um equilíbrio precário entre ordem e desordem (caos: Dupuy, Ordres et Désordres, 1982) que a vida se mantém (Ehrlich, O mecanismo da natureza, 1993,p. 239-290).


Baste-nos a referência às investigações do médico e biólogo inglês James E. Lovelock e da bióloga Lynn Margulis (Gaia, 1989; 1991; 2006; José Lutzemberger, Gaia, o Planeta Vivo: por um caminho suave, 1990; Lynn Margulis, Microcosmos, 1990) que constataram a calibragem sutil entre todos os elementos químicos, físicos, entre o calor da crosta terrestre, a atmosfera, as rochas, os oceanos, todos sob os efeitos da luz solar, de sorte que tornam a Terra boa e até ótima aos organismos vivos. Ela surge destarte como um imenso super-organismo vivo que se autorregula, chamado por James E. Lovelock, de Gaia, nome que os gregos davam para a Terra viva. 


Isso vale também para nós humanos. Entre nós originam-se formas de relação e de vida nas quais predomina a sintropia (economia de energia) sobre a entropia (desgaste de energia). O pensamento, a comunicação pela palavra, a solidariedade, o amor são energias fortíssimas com escasso nível de entropia e alto nível de sintropia. Nesta perspectiva temos pela frente não a morte térmica. Mas a transfiguração do processo cosmogênico que vai se revelando, com cada vez mais intensidade, em ordens supremamente ordenadas, criativas e vitais. Qual é o futuro deste processo? Não sabemos. É totalmente misterioso.


A articulação sinfônica das quatro interações básicas do universo (a gravitacional, a eletromagnética, a nuclear forte e a nuclear fraca) continuam atuando sinergeticamente para a manutenção da atual seta cosmológica do tempo rumo a formas cada vez mais relacionais e complexas. Muitos cientistas sustentam que elas, na verdade, constituem a lógica e o dinamismo interno do processo evolucionário; por assim dizer, a estrutura, melhor dito, a mente ordenadora do próprio cosmos. 


Vale citar a famosa afirmação do físico britânico Freeman Dyson (*1923): “quanto mais examino o universo e os detalhes de sua arquitetura, mais acho evidências de que o universo sabia que um dia, lá na frente, iríamos surgir” (Disturbing the Universe, 1979, p. 250).


O próprio ser humano é um nó de relações voltado para todas as direções. A própria Divindade se revela panrrelacional, como o Papa Francisco enfatiza em sua encíclica Laudato Si’ (n. 239). Se tudo é relação e nada existe fora da relação, então, a lei mais universal é a sinergia, a sintropia, o interrretrorrelacionamento, a cooperação, a solidariedade cósmica, a comunhão e a fraternidade/sororidade universais. 


Essa visão de Gaia poderá reencantar nossa convivência com a Terra e fazer com que vivamos uma ética da sustentabilidade e da responsabilidade necessária, da compaixão e do cuidado, atitudes que salvarão a vida na Casa Comum, na Terra.


*Leonardo Boff escreveu Sustentabilidade e cuidado: como assegurar o futuro da vida, Editora Conhecimento Liberta,2025


** Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil do Fato.


Editado por: Luís Indriunas

Tags: biosferaciêncialeonardo boffplaneta terra


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