Astronautas com muito tempo na ISS apresentam alterações na visão
As alterações geram condições oculares que podem colocar em risco missões espaciais de longa duração / Terceira Lei de Edson XTerceira lei , a lei do cérebro-corpo-universo.
Fenômenos abstratos (imagens, sentimentos, cores, geometria, ideias, ler , música ...) desenvolvem fenômenos bio- fisioquimicos, e fenômenos bio- fisioquimicos (genética , alimentação,termodinâmica,saúde, doença, ambiente...) desenvolvem fenômenos abstratos:
Tanto o cérebro depende do corpo , como o corpo depende do cérebro, e do Universo ao seu ao redor . Edson X
Sim, o artigo colabora com a terceira lei de Edson X, a lei do cérebro-corpo-universo. Essa lei postula que fenômenos abstratos (como imagens, sentimentos, cores, etc.) e fenômenos bio-físico-químicos (como genética, alimentação, termodinâmica, etc.) estão interligados e se influenciam mutuamente. O cérebro depende do corpo, o corpo depende do cérebro e ambos dependem do universo ao seu redor.
No caso do artigo, vemos como a microgravidade (um fenômeno físico-químico do universo) afeta o corpo dos astronautas, causando alterações na visão (um fenômeno bio-físico-químico). Essas alterações, por sua vez, podem ter impacto na capacidade dos astronautas de realizar suas tarefas e, consequentemente, em seus processos mentais e emocionais (fenômenos abstratos).
O estudo citado no artigo demonstra a interconexão entre o corpo e o ambiente, como a microgravidade pode levar a mudanças físicas nos astronautas, afetando sua visão e potencialmente colocando em risco missões espaciais de longa duração.
Astronautas com muito tempo na ISS apresentam alterações na visão
As alterações geram condições oculares que podem colocar em risco missões espaciais de longa duração
Imagem: Universidade de Montreal/Reprodução
Por
Pablo Nogueira
06 de fevereiro de 2025 às 18:44
3 minutos de leitura
Astronautas que passaram longos períodos a bordo da Estação Internacional Espacial (ISS) costumam apresentar alterações na visão por uma condição chamada Síndrome Neuro-Ocular Associada ao Voo Espacial (SANS). Um novo estudo, publicado no final de dezembro do ano passado, descobriu que 70% dos astronautas que passaram de seis a 12 meses na ISS desenvolveram o problema de visão.
EUA e Rússia não chegam a acordo sobre vazamento de ar na ISS
Rival da Neuralink apresenta chip para restaurar visão de pacientes idosos
A SANS é o conjunto de alterações que incluem edema do nervo óptico, sinais de isquemia da retina, encurtamento do globo ocular, além de mudança geral na visão, como no grau de pessoas que usam óculos. O que causa essas alterações de visão em astronautas é a microgravidade, que provoca inúmeras mudanças físicas nos astronautas sob gravidade zero, como os da ISS.
Santiago Costantino, pesquisador argentino que chefia o laboratório de saúde ocular da Universidade de Montreal, no Canadá, liderou o estudo. O laboratório estuda biofotônica, campo da ciência que combina biologia e óptica com especialidade em analisar imagens para identificar patologias oculares.
Desse modo, os exames de vista avaliaram dados de 13 astronautas que passaram cinco ou seis meses na ISS. Os exames incluíram dados de análises da rigidez ocular, pressão intraocular, pulso e amplitude ocular de antes e depois da viagem espacial.
O estudo identificou mudanças significativas nas propriedades biomecânicas, incluindo quedas na rigidez ocular e na pressão intraocular. Além disso, os astronautas apresentaram uma redução na amplitude do pulso ocular.
Os cientistas descobriram que cinco astronautas apresentaram um nível anormal de espessamento da coroide, que excede 400 micrômetros. De acordo com o estudo, essa anomalia parece não ter relação com idade, gênero ou experiências anteriores de viagens espaciais.
Alterações na visão em astronautas da ISS podem afetar viagem a Marte
A SANS, portanto, representa um grande problema às agências espaciais. Quando os astronautas da ISS retornam à Terra, as alterações na visão também voltam ao normal. Contudo, os efeitos de longos períodos de exposição à gravidade zero ainda são desconhecidos, estabelecendo um desafio para futuras missões longevas, como as de Marte.
Além disso, como não existem tratamentos para a condição, é necessário que agências espaciais busquem soluções para garantir a saúde de astronautas no espaço.
A propósito, agências espaciais sabem dos efeitos da SANS desde o início dos anos 2000. Quem reconheceu e deu nome à síndrome foi a própria NASA, em 2011 (curiosamente, um anagrama do nome da agência dos EUA).
A NASA, bem como instituições de pesquisa, já buscam tratamentos para a SANS, como o desenvolvimento de medicamentos e dispositivos que contenham os efeitos da microgravidade.
Segundo Costatino, as alterações de visão dos astronautas da ISS podem servir como biomarcadores para identificar o desenvolvimento da SANS. Com isso, seria possível diagnosticar a condição com antecedência antes que graves problemas de visão aconteçam durante longas viagens espaciais.
#
Comentários
Postar um comentário