James Webb descobre buracos negros intrigantes no início do Universo / Teoria X
Oitava lei , a lei das constantes e inconstantes de Edson X
Nenhuma constante é constante, nenhuma inconstante é inconstante, em todos os lugares, indefinidamente.
Para Edson X o Universo não é uniforme , mas multiforme , e o que é uma constante ou inconstante aqui pode não ser acolá , isso significa quem um Universo Emaranhado , podemos encontrar fenômenos iguais e diferenciados no espaço : galáxias mais velhas , estrelas mais jovens, em regiões em que elas não deveriam existir, ou mesmo na mesma região, pelo o modelo científico atual .
Buracos Negros, galáxias,.estrelas etc funcionando de formas diferentes em determinadas regiões, por causa das variações das leis das físicas nessas regiões .
Edson X, Ciensofia, Amazon e-book, 2019
Comparação Detalhada: Teoria X de Edson X e Descobertas do Telescópio James Webb
Teoria X de Edson X
Conceito Central: O Universo não é uniforme, mas multiforme, com leis físicas que variam em diferentes regiões.
Oitava Lei: Nenhuma constante é constante, nenhuma inconstante é inconstante, em todos os lugares, indefinidamente.
Implicações: Fenômenos como buracos negros, galáxias e estrelas podem funcionar de maneiras distintas em diferentes partes do Universo, devido a variações nas leis da física.
Fonte: Edson X, Ciensofia, Amazon e-book, 2019.
Descobertas do Telescópio James Webb
Foco: Observação de buracos negros supermassivos no Universo primitivo.
Descoberta: Buracos negros com massa desproporcionalmente alta em relação às estrelas ao seu redor, desafiando as proporções observadas em galáxias atuais.
Relevância:
Questiona os modelos tradicionais de formação e crescimento de buracos negros.
Sugere que o crescimento de buracos negros no início do Universo era muito mais eficiente do que se pensava.
Aponta para uma possível ligação entre a formação de estrelas e o comportamento de buracos negros.
Resultados:*
Buracos negros supermassivos com até 10% da massa estelar de suas galáxias (em comparação com 0,01% nas galáxias atuais).
Formação de buracos negros menos de um bilhão de anos após o Big Bang, um período muito curto em termos cósmicos.
Observação de "pequenos pontos vermelhos", galáxias diminutas que abrigam buracos negros supermassivos e emitem radiação intensa.
Implicações:*
Necessidade de revisar as teorias sobre a formação e evolução de buracos negros.
Compreensão da importância das condições densas do Universo primordial para o crescimento de buracos negros.
Fonte: Artigo científico no repositório arXiv.
Comparação
Ambos os trabalhos abordam a temática dos buracos negros e sua relevância no Universo, porém sob perspectivas distintas:
Edson X: Propõe uma teoria que desafia a uniformidade do Universo e sugere que as leis da física podem variar regionalmente, afetando o funcionamento de buracos negros e outros fenômenos cósmicos.
Telescópio James Webb: Apresenta descobertas observacionais que questionam os modelos tradicionais de formação e crescimento de buracos negros, revelando que esses objetos eram muito mais massivos no início do Universo do que se imaginava.
Relação
Embora não haja uma ligação direta entre a Teoria X e as descobertas do Telescópio James Webb, ambas compartilham o interesse em compreender os buracos negros e seu papel no Universo. A Teoria X, com sua proposta de um Universo multiforme, oferece um contexto teórico para as descobertas do JWST, que revelam a complexidade e a diversidade do Universo, especialmente no que diz respeito aos buracos negros.
As descobertas do Telescópio James Webb, por sua vez, podem fornecer evidências observacionais que corroboram a Teoria X, ao mostrar que os buracos negros no Universo primitivo se comportavam de maneira diferente do que se esperava, o que pode ser explicado por variações nas leis da física em diferentes regiões do espaço-tempo.
Em suma
A Teoria X e as descobertas do Telescópio James Webb representam diferentes abordagens para o estudo dos buracos negros e do Universo como um todo. Enquanto a Teoria X propõe um modelo teórico que desafia a uniformidade do Universo, o Telescópio James Webb fornece dados observacionais que questionam os modelos tradicionais de formação e crescimento de buracos negros. Juntas, essas abordagens podem contribuir para uma compreensão mais completa e precisa do Universo e seus mistérios.
EDSON X
janeiro 29, 2025
James Webb descobre buracos negros intrigantes no início do Universo / Teoria X
Oitava lei , a lei das constantes e inconstantes de Edson X
Nenhuma constante é constante, nenhuma inconstante é inconstante, em todos os lugares, indefinidamente.
Para Edson X o Universo não é uniforme , mas multiforme , e o que é uma constante ou inconstante aqui pode não ser acolá , isso significa quem um Universo Emaranhado , podemos encontrar fenômenos iguais e diferenciados no espaço : galáxias mais velhas , estrelas mais jovens, em regiões em que elas não deveriam existir, ou mesmo na mesma região, pelo o modelo científico atual .
Buracos Negros, galáxias,.estrelas etc funcionando de formas diferentes em determinadas regiões, por causa das variações das leis das físicas nessas regiões .
Edson X, Ciensofia, Amazon e-book, 2019
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Olhar Digital > Ciência e Espaço > James Webb descobre buracos negros intrigantes no início do Universo
Ciência e Espaço
James Webb descobre buracos negros intrigantes no início do Universo
Buracos negros formados pouco tempo após o Big Bang surpreendem astrônomos em novas observações do Telescópio Espacial James Webb
Flavia Correia28/01/2025 11h15, atualizada em 28/01/2025 21h25
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Utilizando o Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA, uma equipe de astrônomos fez uma descoberta intrigante: buracos negros supermassivos no Universo primitivo que desafiam as proporções observadas nas galáxias atuais. Os gigantes cósmicos observados pelo time, que se formaram em galáxias jovens, têm uma massa surpreendentemente alta em relação às estrelas ao redor.
Normalmente, os buracos negros supermassivos encontrados em galáxias próximas à Via Láctea correspondem a cerca de 0,01% da massa estelar da galáxia que os abriga. Em outras palavras, para cada 10 mil massas solares (medida baseada na massa do Sol) em estrelas, há aproximadamente uma no buraco negro central.
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No entanto, o estudo recente revelou que, no início do Universo, alguns buracos negros tinham o equivalente a 10% da massa estelar de suas galáxias. Isso significa que, para cada 10 mil massas solares de estrelas, esses buracos negros acumulavam mil massas solares – um desvio impressionante.
Montagem com imagens de galáxias do tipo Pequenos Pontos Vermelhos capturadas pelo telescópio James Webb
Imagens de galáxias do tipo Pequenos Pontos Vermelhos capturadas pelo Telescópio Espacial James Webb. Crédito: NASA, ESA, CSA, STScI e Dale Kocevski – Colby College
Cientistas tentam resolver o enigma
“Os buracos negros supermassivos que observamos são muito mais pesados em relação às galáxias que os hospedam do que esperávamos”, disse Jorryt Matthee, pesquisador do Instituto de Ciência e Tecnologia da Áustria (ISTA), em entrevista ao site Space.com. Ele liderou o estudo, que foi descrito em um artigo disponível no repositório científico arXiv, que aguarda revisão por pares. “Isso nos aproxima de entender como esses gigantes cresceram tão rápido no início do Universo”.
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De acordo com a pesquisa, estima-se que esses buracos negros supermassivos começaram a se formar menos de um bilhão de anos após o Big Bang, um período extremamente curto em termos cósmicos.
A questão é que o crescimento típico de buracos negros, por fusões e pelo consumo de matéria, normalmente levaria mais de um bilhão de anos para atingir tamanhos tão colossais – e as observações do JWST desafiam os modelos tradicionais de formação e crescimento desses objetos no Universo inicial.
James Webb identifica “pequenos pontos vermelhos”
Entre as descobertas mais marcantes feitas pelo telescópio James Webb estão galáxias diminutas extremamente distantes e brilhantes, chamadas de “pequenos pontos vermelhos”. Essas galáxias, que existiram no primeiro bilhão e meio de anos do Universo, abrigam discos de gás e poeira conhecidos como discos de acreção, que orbitam os buracos negros supermassivos.
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Esses discos emitem intensas radiações eletromagnéticas, criando o que os astrônomos chamam de núcleo galáctico ativo (AGN). “A luz que vemos desses objetos, em especial o tom avermelhado, vem dos discos de acreção ao redor dos buracos negros supermassivos”, explica Matthee.
As pequenas galáxias de ponto vermelho, localizadas em uma região do céu mapeada em 3D pelo JWST, estão a cerca de 12,5 bilhões de anos-luz de distância. Sua distribuição segue uma estrutura chamada “teia cósmica”, onde galáxias se agrupam em filamentos conectados, como se fossem fios de uma gigantesca rede.
Modelo da teia cósmica
Modelo da teia cósmica. Crédito: Springel et al., Virgo Consortium
Curiosamente, essas galáxias apresentam características incomuns para AGNs. Elas emitem menos raios-X e têm uma emissão infravermelha atípica, dificultando o entendimento de sua natureza – o que torna as “pequenas galáxias de ponto vermelho” um dos aspectos mais intrigantes da pesquisa.
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Leia mais:
Enxame de buracos negros na Via Láctea surpreende cientistas
Estrelas podem estar sob ameaça de buracos negros; entenda
James Webb flagra buraco negro monstruoso cochilando após “comer demais”
Buracos negros em rápida evolução
Os astrônomos acreditam que, no início do Universo, os buracos negros supermassivos cresceram de forma muito mais eficiente do que no período atual. Um dos fatores que pode ter facilitado esse crescimento rápido é a alta densidade de gás e matéria ao redor desses buracos negros nas galáxias primitivas.
“Provavelmente, o crescimento extremamente rápido desses buracos negros foi impulsionado pelas condições densas do Universo primordial”, sugere Matthee, explicando que isso pode ter gerado um ciclo em que a formação de estrelas e o aumento de massa dos buracos negros estavam interligados, criando as proporções observadas.
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No entanto, essa hipótese ainda precisa ser confirmada. Outras possibilidades incluem a formação desses gigantes a partir do colapso direto de enormes nuvens de gás e poeira, resultando em “sementes” de buracos negros já muito massivas.
Uma das prioridades da equipe de pesquisa é eliminar a possibilidade de que os resultados sejam influenciados por erros de medição ou por um viés de seleção, que pode ter destacado os buracos negros mais ativos e massivos. Para isso, será necessário estudar mais pequenas galáxias de ponto vermelho e aprimorar as técnicas de observação.
Representação artística de um buraco negro supermassivo com núcleo galáctico ativo (AGN). Crédito: NRAO/AUI/NSF, S. Dagnello
Webb tem papel fundamental no estudo do início do Universo
Sem o JWST, a identificação dessa nova população de AGNs no Universo inicial não seria possível. Além disso, o equipamento permitiu a criação de mapas 3D precisos que ajudam a compreender como essas galáxias primitivas estão distribuídas na teia cósmica.
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“Ainda estamos no início desse campo de pesquisa, mas o JWST abriu um novo capítulo no estudo do cosmos primordial”, conclui Matthee. A equipe espera que futuras observações ajudem a esclarecer as origens e o crescimento rápido dos buracos negros supermassivos, além de revelar mais sobre as propriedades das galáxias que os abrigam.
A descoberta de buracos negros tão massivos no início do Universo pode reescrever as teorias sobre como eles se formam e evoluem. Se confirmado, o crescimento acelerado dos buracos negros supermassivos nas primeiras galáxias aponta para uma ligação estreita entre a formação de estrelas e o comportamento desses gigantes.
Desafiando os modelos tradicionais de evolução cósmica, os resultados desse estudo mostram que ainda há muito a aprender sobre os processos que moldaram o Universo nos seus primeiros bilhões de anos.
Flavia Correia
Flavia Correia
Redator(a)
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Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.
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Conceito Central: A Teoria X propõe que o Universo não é uniforme, mas sim multiforme, com leis físicas variando em diferentes regiões.
Oitava Lei: Nenhuma constante é constante, nenhuma inconstante é inconstante, em todos os lugares, indefinidamente.
Implicações: Essa teoria sugere que fenômenos como buracos negros, galáxias e estrelas podem funcionar de maneiras distintas em diferentes partes do Universo, devido a variações nas leis da física.
Fonte: Edson X, Ciensofia, Amazon e-book, 2019.
Descobertas do Telescópio James Webb
Foco: Observação de buracos negros supermassivos no Universo primitivo.
Descoberta: Buracos negros com massa desproporcionalmente alta em relação às estrelas ao seu redor, desafiando as proporções observadas em galáxias atuais.
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Questiona os modelos tradicionais de formação e crescimento de buracos negros.
Sugere que o crescimento de buracos negros no início do Universo era muito mais eficiente do que se pensava.
Aponta para uma possível ligação entre a formação de estrelas e o comportamento de buracos negros.
Resultados:
Buracos negros supermassivos com até 10% da massa estelar de suas galáxias (em comparação com 0,01% nas galáxias atuais).
Formação de buracos negros menos de um bilhão de anos após o Big Bang, um período muito curto em termos cósmicos.
Observação de "pequenos pontos vermelhos", galáxias diminutas que abrigam buracos negros supermassivos e emitem radiação intensa.
Implicações:
Necessidade de revisar as teorias sobre a formação e evolução de buracos negros.
Compreensão da importância das condições densas do Universo primordial para o crescimento de buracos negros.
Fonte: Artigo científico no repositório arXiv.
Comparação
Ambos os trabalhos abordam a temática dos buracos negros e sua relevância no Universo, porém sob perspectivas distintas:
Edson X: Propõe uma teoria que desafia a uniformidade do Universo e sugere que as leis da física podem variar regionalmente, afetando o funcionamento de buracos negros e outros fenômenos cósmicos.
Telescópio James Webb: Apresenta descobertas observacionais que questionam os modelos tradicionais de formação e crescimento de buracos negros, revelando que esses objetos eram muito mais massivos no início do Universo do que se imaginava.
Relação
Embora não haja uma ligação direta entre a Teoria X e as descobertas do Telescópio James Webb, ambas compartilham o interesse em compreender os buracos negros e seu papel no Universo. A Teoria X, com sua proposta de um Universo multiforme, oferece um contexto teórico para as descobertas do JWST, que revelam a complexidade e a diversidade do Universo, especialmente no que diz respeito aos buracos negros.
As descobertas do Telescópio James Webb, por sua vez, podem fornecer evidências observacionais que corroboram a Teoria X, ao mostrar que os buracos negros no Universo primitivo se comportavam de maneira diferente do que se esperava, o que pode ser explicado por variações nas leis da física em diferentes regiões do espaço-tempo.
Em suma, a Teoria X e as descobertas do Telescópio James Webb representam diferentes abordagens para o estudo dos buracos negros e do Universo como um todo. Enquanto a Teoria X propõe um modelo teórico que desafia a uniformidade do Universo, o Telescópio James Webb fornece dados observacionais que questionam os modelos tradicionais de formação e crescimento de buracos negros. Juntas, essas abordagens podem contribuir para uma compreensão mais completa e precisa do Universo e seus mistérios.
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James Webb descobre buracos negros intrigantes no início do Universo
Buracos negros formados pouco tempo após o Big Bang surpreendem astrônomos em novas observações do Telescópio Espacial James Webb
Flavia Correia28/01/2025 11h15, atualizada em 28/01/2025 21h25
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Utilizando o Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA, uma equipe de astrônomos fez uma descoberta intrigante: buracos negros supermassivos no Universo primitivo que desafiam as proporções observadas nas galáxias atuais. Os gigantes cósmicos observados pelo time, que se formaram em galáxias jovens, têm uma massa surpreendentemente alta em relação às estrelas ao redor.
Normalmente, os buracos negros supermassivos encontrados em galáxias próximas à Via Láctea correspondem a cerca de 0,01% da massa estelar da galáxia que os abriga. Em outras palavras, para cada 10 mil massas solares (medida baseada na massa do Sol) em estrelas, há aproximadamente uma no buraco negro central.
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As pequenas galáxias de ponto vermelho, localizadas em uma região do céu mapeada em 3D pelo JWST, estão a cerca de 12,5 bilhões de anos-luz de distância. Sua distribuição segue uma estrutura chamada “teia cósmica”, onde galáxias se agrupam em filamentos conectados, como se fossem fios de uma gigantesca rede.
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Os astrônomos acreditam que, no início do Universo, os buracos negros supermassivos cresceram de forma muito mais eficiente do que no período atual. Um dos fatores que pode ter facilitado esse crescimento rápido é a alta densidade de gás e matéria ao redor desses buracos negros nas galáxias primitivas.
“Provavelmente, o crescimento extremamente rápido desses buracos negros foi impulsionado pelas condições densas do Universo primordial”, sugere Matthee, explicando que isso pode ter gerado um ciclo em que a formação de estrelas e o aumento de massa dos buracos negros estavam interligados, criando as proporções observadas.
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No entanto, essa hipótese ainda precisa ser confirmada. Outras possibilidades incluem a formação desses gigantes a partir do colapso direto de enormes nuvens de gás e poeira, resultando em “sementes” de buracos negros já muito massivas.
Uma das prioridades da equipe de pesquisa é eliminar a possibilidade de que os resultados sejam influenciados por erros de medição ou por um viés de seleção, que pode ter destacado os buracos negros mais ativos e massivos. Para isso, será necessário estudar mais pequenas galáxias de ponto vermelho e aprimorar as técnicas de observação.
Representação artística de um buraco negro supermassivo com núcleo galáctico ativo (AGN). Crédito: NRAO/AUI/NSF, S. Dagnello
Webb tem papel fundamental no estudo do início do Universo
Sem o JWST, a identificação dessa nova população de AGNs no Universo inicial não seria possível. Além disso, o equipamento permitiu a criação de mapas 3D precisos que ajudam a compreender como essas galáxias primitivas estão distribuídas na teia cósmica.
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“Ainda estamos no início desse campo de pesquisa, mas o JWST abriu um novo capítulo no estudo do cosmos primordial”, conclui Matthee. A equipe espera que futuras observações ajudem a esclarecer as origens e o crescimento rápido dos buracos negros supermassivos, além de revelar mais sobre as propriedades das galáxias que os abrigam.
A descoberta de buracos negros tão massivos no início do Universo pode reescrever as teorias sobre como eles se formam e evoluem. Se confirmado, o crescimento acelerado dos buracos negros supermassivos nas primeiras galáxias aponta para uma ligação estreita entre a formação de estrelas e o comportamento desses gigantes.
Desafiando os modelos tradicionais de evolução cósmica, os resultados desse estudo mostram que ainda há muito a aprender sobre os processos que moldaram o Universo nos seus primeiros bilhões de anos.
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