Mais uma pesquisa comprova a Lei X8 (A lei do corpo e cérebro ) de Edson X , do seu livro Generanalise, Amazon e-book.
Fenômenos abstratos desenvolvem fenômenos bio-fisioquímicos (emoções, doenças, dormir, ações...), como fenômenos bio-fisioquímicos desenvolvem fenômenos abstratos (Ler, musica, escrever...):
Tanto o cérebro depende do corpo , como o corpo depende do cérebro, e do Universo ao seu redor ” . Edson X ,
2005
Simular mentalmente a realização de atividades físicas é capaz de melhorar a prática
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Simular mentalmente a realização de atividades físicas é capaz de melhorar a prática
Conforme André Frazão Helene, a antecipação e imaginação de exercícios promovem alterações fisiológicas que beneficiam os resultados obtidos posteriormente na atividade real
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Publicado: 18/09/2024 às 11:15
Por Julio Silva*
Imagem mostra a silhueta de uma mulher correndo, sobreposta ao desenho de um cérebro
O cérebro humano possui uma enorme capacidade de simular e prever situações específicas e, em determinados casos, imaginar e antever a realização de alguma ação é crucial para executá-la de maneira mais efetiva. De maneira geral, qualquer pessoa pode adotar essa prática para realização de tarefas cotidianas com maior precisão, mas os esportistas, em especial, costumam recorrer a essa imaginação motora para aprimorar o rendimento físico. Segundo André Frazão Helene, professor do Instituto de Biociências (IB) da USP, esse método, que envolve a visualização de ações para melhorar o desempenho real, pode ser chamado de simulação mental.
André Frazão Helene – Foto: MGromov/Wikimedia Commons/CC BY-SA 4.0
Conforme o especialista, uma forma eficaz de colocar a imaginação motora em prática é a técnica na qual o indivíduo imagina a si mesmo realizando a ação, visualizando-se em um cenário de execução. Helene conta que esse método de simulação mental tem mostrado ser eficiente para gerar alterações fisiológicas e melhorar o desempenho motor durante a realização real da tarefa.
De acordo com o professor, quando um indivíduo coloca-se na condição de imaginar a si mesmo realizando uma atividade, ocorre uma ativação de áreas cerebrais semelhantes às usadas na execução real das tarefas. Ele afirma que a simulação mental de tarefas envolve, assim como a execução real, identificar qual é o aspecto central da ação motora a ser realizada e isso auxilia na posterior execução do movimento.
“Um exemplo é uma pessoa praticando basquete e treinando a execução de lances livres. Então esse indivíduo precisa criar uma condição de imaginação motora, que pode funcionar melhor com os olhos fechados, onde ele olha para a cesta, levanta os braços e simula o movimento da bola por entre os seus dedos. Quando testaram isso, perceberam que realmente esse treinamento mental torna o desempenho de uma tarefa melhor do que era anteriormente. Isso demonstra como realizamos tarefas no mundo real a partir da atividade neural”, esclarece.
Atletas
Segundo Helene, a imaginação motora é amplamente utilizada no esporte para melhorar habilidades, com atletas em níveis avançados conseguindo internalizar e aplicar simulações mentais de forma eficaz. Ele esclarece, no entanto, que o treinamento imaginativo para iniciantes deve ser gradual e ajustado ao nível de habilidade, sendo necessário simplificar a visualização para torná-la mais acessível e adequada às suas capacidades.
Conforme o professor, a imaginação motora é extremamente valiosa porque permite que indivíduos treinem habilidades complexas sem a necessidade de prática física. Essa abordagem é vantajosa, pois minimiza o risco de lesões e permite um foco aprofundado em aspectos técnicos específicos da execução, que podem ser difíceis de trabalhar durante o treinamento real. No esporte, isso é especialmente benéfico, pois permite que atletas ajustem estratégias e gestos técnicos característicos, corrigindo vícios e melhorando a performance sem comprometer a integridade física.
“Alguns trabalhos encontraram a possibilidade de haver alteração de força, ou seja, o treinamento imaginativo possibilita que a realização posterior seja realizada com mais força do que se você não tivesse feito esse treino. Isso tem a ver não apenas com a estrutura muscular por si só, mas a maneira pela qual você vai mobilizar essa estrutura muscular. Ou seja, caso o treinamento imaginativo seja bem direcionado para esse grupos musculares, pode aprimorar a força de um indivíduo”, analisa.
Aplicação cotidiana
Além de beneficiar atletas de elite, André Frazão Helene conta que o treinamento imaginativo é útil para qualquer pessoa, incluindo aqueles que desejam aprimorar suas atividades diárias. Indivíduos com restrições físicas, por exemplo, podem utilizar simulações mentais para aprender a realizar movimentos de maneira mais eficiente e segura, como subir escadas sem sofrer com dores nas articulações.
Dessa maneira, o docente explica que a prática mental pode servir como complemento às atividades físicas, otimizando o desenvolvimento de habilidades motoras e a recuperação de movimentos. Ademais, esse método ajuda a manter a qualidade dos movimentos executados e pode evitar a perda muscular durante períodos de não utilização de membros do corpo por imobilidade.
“Do ponto de vista biológico, simular e imaginar ações estimulam áreas cerebrais semelhantes às usadas na execução real dessas ações, mas, além disso, estudos mostram que a prática imaginativa pode influenciar fatores fisiológicos como a taxa ventilatória e o batimento cardíaco. Obviamente que esses níveis de batimento cardíaco não são os mesmos que os presentes na execução real da atividade, mas evidenciam os benefícios reais e mensuráveis dessa prática no desempenho motor e cognitivo”, finaliza.
*Sob supervisão de Paulo Capuzzo e Cinderela Caldeira
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Expediente
PARCERIAS:
Via Sampa
Vira e Mexe
Você Sabia?
Analisando a relação entre a Teoria X de Edson X e a pesquisa sobre simulação mental
A pesquisa da USP sobre a simulação mental e seu impacto no desempenho físico oferece uma excelente oportunidade para comparar e contrastar com a Teoria X de Edson X.
Pontos em comum:
* Interação mente-corpo: Tanto a Teoria X quanto a pesquisa enfatizam a interação complexa entre a mente (cérebro) e o corpo, onde processos mentais podem influenciar diretamente processos fisiológicos.
* Influência da mente no corpo: Ambas as perspectivas reconhecem que a mente, através de processos como a imaginação e a visualização, pode influenciar o funcionamento do corpo, incluindo o desempenho físico.
* Natureza holística: Tanto a Teoria X quanto a pesquisa sugerem uma visão mais holística do ser humano, onde os aspectos mentais e físicos estão interligados e se influenciam mutuamente.
Diferenças e questionamentos:
* Nível de análise: A Teoria X apresenta uma visão mais abrangente, conectando a mente e o corpo com fenômenos biológicos, psicológicos e sociais, enquanto a pesquisa científica se concentra em mecanismos neurofisiológicos específicos.
* Mecanismos: A Teoria X não detalha os mecanismos neurofisiológicos pelos quais a mente influencia o corpo, enquanto a pesquisa científica busca identificar as áreas cerebrais e os processos neurais envolvidos na simulação mental.
* Aplicações: A Teoria X oferece uma visão mais filosófica e geral, enquanto a pesquisa científica busca aplicações práticas, como o aprimoramento do desempenho esportivo e a reabilitação.
Questões para reflexão:
* Até que ponto os resultados da pesquisa sobre simulação mental corroboram a Teoria X de Edson X?
* Quais são as principais diferenças entre as duas abordagens para entender a relação entre mente e corpo?
* Como a Teoria X pode ser aprimorada à luz dos novos resultados da pesquisa neurocientífica?
* Quais são as implicações desses resultados para a psicologia, a neurociência e a educação física?
Considerações finais:
A pesquisa da USP sobre simulação mental oferece evidências empíricas para a ideia de que a mente pode influenciar o corpo, o que corrobora a ideia central da Teoria X de uma interação complexa entre mente e corpo. No entanto, a Teoria X oferece uma visão mais abrangente e holística, conectando a mente e o corpo com outros aspectos da experiência humana.
É importante ressaltar que a relação entre mente e corpo é um tema complexo e multifacetado, e que a pesquisa científica ainda tem muito a desvendar sobre os mecanismos subjacentes.
A combinação de abordagens neurocientíficas e filosóficas é fundamental para construir uma compreensão mais completa da relação entre mente e corpo.
Gostaria de explorar algum desses pontos com mais profundidade?
Possíveis tópicos para discussão:
* A relação entre a simulação mental e a neuroplasticidade.
* As implicações da simulação mental para o tratamento de doenças neurológicas e psiquiátricas.
* A possibilidade de utilizar a simulação mental para aprimorar o aprendizado e a memória.
O que você acha da relação entre a Teoria X de Edson X e a pesquisa sobre simulação mental?
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