Água-viva sem cérebro tem capacidade de aprendizagem, mostra pesquisa
Quando garoto, lembro que no colégio me ensinaram que os animais eram irracionais, mas eu sempre gostei de bicho, então observei que, quando chamava meu cachorro, ou meu gato, papagaio... Eles viam em minha direção, ficava pensando que de alguma forma, eles sabiam que eu estava a chamar por eles, tinha também as brincadeiras, pensava: "Tem algo errado".
Anos depois vou definir a Transformação Biométrica, pela a qual defendo que os seres vivos , possuem vários níveis de inteligências, só há diferenças em seus graus, do homem até chimpanzé, do chimpanzé até o golfinho, o corvo, a orca, a abelha ... Até mesmos seres como lesmas tem inteligência, porem, infima, instintiva.
1. Raciomocional - Seres humanos ...
2 - Extracientes - Corvos, golfinhos, orcas...
2. Sencientes. - Cachorros, gatos , cavalos, abelhas, baratas...
3. Infracientes. - Crocodilos, aranhas , cobras, borboletas, tubarão...
4. Monocientes. - lesmas terrestres, células, plantas , minhocas...
Somos cérebros ambulantes?
Desde os seres unicelulares, até os pluricelulares, formou-se os "cérebros primitivos', que para conquistar cada vez mais espaço, foram expandindo-se em várias formas, gerando membros, tentáculos, rabatanas, pernas ,,, até gerar os organismos mais complexos‘ , como o polvo, e o ser humano. Edson X
Origens da Vida, Edson X, Amazon e-book, fev 2021
Pesquisadores dinamarqueses publicaram um relatório indicando que a espécie de água-viva Tripedalia Cystophora tem a capacidade de aprender com os erros
Imagem: Current Biology/Reprodução
por
Gabriel Andrade
01 de outubro de 2023 às 11:30
4 minutos de leitura
As águas-vivas não têm cérebro, mas isso não significa que não conseguem aprender. Pelo menos é o que afirmam os cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, que investigaram a espécie de água-viva Tripedalia Cystophora.
Elas não têm cérebro e controlam os seus corpos em forma de cubo com uma rede distribuída de neurônios. Mas engana-se quem acha que são seres simples. Os cientistas descobriram que esta rede é mais sofisticada do que se imaginava.
Nas águas ensolaradas das florestas de mangue do Caribe, essa espécie de pequenas águas-vivas vivem entrando e saindo da sombra em busca de proteção e alimento. Para não atingir as raízes da vegetação, elas precisam analisar o ambiente.
Anders Garm, biólogo da Universidade de Copenhague e autor do novo artigo, disse ao jornal The New York Times que sua equipe decidiu se concentrar em um movimento rápido que os animais executam quando estão prestes a atingir a raiz de uma vegetação.
Estas raízes sobem através da água, mas o contraste entre a raiz e a água pode mudar de dia para dia, à medida que o lodo turva a água e torna mais difícil dizer a que distância está uma raiz. O questionamento é como os animais sabem quando estão chegando muito perto?
“A hipótese era que eles precisavam aprender isso”, disse Garm. “Quando regressam a estes habitats, têm de aprender como está a qualidade da água agora? Como o contraste está mudando hoje?”
Pesquisadores publicaram um relatório na revista Current Biology indicando que a espécie de água-viva Tripedalia Cystophora tem a capacidade de aprender.
Como a pesquisa foi feita
No laboratório, os pesquisadores produziram imagens de listras claras e escuras alternadas, representando as raízes dos manguezais e a água, e as usaram para forrar o interior de baldes com cerca de quinze centímetros de largura.
Assim, quando as listras eram totalmente pretas e brancas, representando a clareza ideal da água, as águas-vivas nunca chegavam perto das paredes do balde.
Porém, com menos contraste entre as listras, as águas-vivas imediatamente começaram a esbarrar nelas. Esta foi a chance dos cientistas verem se aprenderiam.
Além disso, depois de algumas colisões, os animais mudaram de comportamento. Menos de oito minutos depois de chegarem ao balde, eles estavam nadando 50% mais longe do padrão nas paredes.
Assim, quase quadruplicaram o número de vezes que realizaram a manobra de meia-volta. Elas pareciam ter feito uma conexão entre as listras à frente deles e a sensação de colisão.
Águas-vivas têm 98% de água
Estudando os neurônios visuais da água-viva, os cientistas descobriram que as células receberam imagens listradas enquanto recebiam um pequeno pulso elétrico para representar a colisão.
Em cerca de cinco minutos, as células começaram a enviar o sinal que faria com que uma água-viva inteira se virasse. “É incrível ver a rapidez com que aprendem”, disse Jan Bielecki, pesquisador e também autor do artigo.
Ele explica que a parte principal da água viva, o corpo, é composto por duas finas camadas de células com material aquoso não vivo entre elas.
Assim, estima-se que, em média, cerca de 98% do corpo destes animais seja composto de água. Daí o nome “água-viva”. E não atoa elas sobreviveram a todas as extinções em massa, essa estrutura simples as permite crescer e comer em maior quantidade sem o ônus de um metabolismo acelerado.
Em resumo, se por um lado a maioria das espécies já existentes no planeta está extinta, esse grupo de de animais já está aí por mais de 600 milhões de anos.
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