Como pode entender a realidade? 

Existe uma realidade ou realidades?




Descartes, dividiu a psicologia entre os materialistas e espiritualistas. mas se Descartes diz '´duvida de tudo', conclui que tinha que 'acredita em tudo, e duvidar de tudo' (que o que parece mentira pode ser verdade, e o que parece verdade pode ser mentira). e que Não existe a Realidade, mas sim realidades, que sem essas definições não poderia compreender o Mundo. não posso afirmar que a realidade que vejo 'não é real', ela pode até ter suas falhas, mas ela é real para mim, possue suas objetividades. porém, ela é mais do que o que vejo, e ela só pode ser entendida dentro de várias especificações. daí, conclui a Realidade, formada por quatro realidades, para assim ampliar a visão sobre os fenômenos psicos-físicos...







As Quatro (4) Realidades 




A realidade clássica é esta que vemos e sentimos, ela não é uma ilusão como apregoa a física Quântica, ou o hinduísmo que diz que o mundo é uma ilusão, um véu de Maia, mas esse é o Mundo que cabe em nossos sentidos, assim, como um gato vê o mundo que cabe em seus sentidos.


A realidade Infra é a realidade que nossos sentidos não podem captar naturalmente, sons infra sensíveis, átomos, moléculas... Hipoteticamente, se minha capacidade visual aumenta sem o acompanhamento dos outros sentidos e instintos não suportaria essa nova realidade.

A Realidade Mentual, é uma realidade transitória entre a realidade clássica (rc), e a realidade infra (ri), ela existe e pode não existir ao mesmo tempo, por exemplo, sonhar com algo que aconteceu durante o dia (rc), e ao mesmo tempo em que se mescla a esse sonho um Grande Dragão Alado, um ser do nosso imaginário, mas que tem origem no real, que é a unificação de um lagarto com um pássaro usando de hiperbolismo. Os ‘Ribeiros’ no Amazonas, creem em curupira, mãe d´água, boi tatá como se fossem reais, até que se prove ao contrário são apenas seres virtuais, mentuais, da nossa imaginação. Os mitos, o folclore, nascem na realidade mentual (rm), mas sempre de algo pré-existente, seja como for.

Um homem que ama uma mulher que ele pensa que ela o ama, tem por um lado o real, que é seu sentimento por ela, e por outro, um sentimento virtual, que é o que ele pensa que ela sente por ele, mas que não é exatamente como ele pensa, ela gosta dele, mas não o ama como ele crê que ama.


As transmissões ‘ao vivo’ chegam até nós como realidade Mentual, não mais existente na realidade clássica, mas que veio do existente, nada é instantâneo para nós, por causa da realidade infra.

Um amigo perguntou para o outro: ‘Onde está fulano, faz um ano que não o vejo?’ ‘Nem verá’, respondeu-lhe e complementou ‘Está morto há um ano’. Durante esse ano esse amigo só lhe existiu na realidade mentual, não mais na realidade clássica como ele imaginava, que ainda existia.


Os números são abstrações mentuais que se acoplam ‘perfeitamente’ com nossa realidade clássica, visível, sensível, material. O código binário Leibniziano que gera o mundo virtual dos computadores, internet, dos celulares, televisores, vídeos games etc. e o wireless de Tesla, são filhos da a realidade Mentual é o nosso in-consciente, nossos instintos, é onde se insere nossos traumas, fobias, fantasias, nossos amigos e inimigos imaginários, que se associam ou não com a realidade clássica, e realidade infra, positiva ou negativa...


À medida que a virtuamente avança, mas a mentual perde espaço: porque ela passará de robótica a androide a carne sintética, cérebro e neurônios neurosintéticos, e a capacidade de manipular informações aumentará ao ponto de gerar o pensamento sintético, aumentando o poder de percepção e a sensibilidade sintemocional; e a virtuamente aprendendo mais, avançará cada vez mais no universo humano e no Mundo.


A meta inicial da virtuamente será atingir o androidebio, e o seu auge, o biondroide. Aqui a virtualmente atingirá o complexo de Deus, sua maior síntese neurose, querer tornar-se o ser humano, a criatura querendo se tornar o criador.

Mas ao atingir esse destino, sentirá vergonha de ter tido uma origem de um ser tão frágil e primitivo: o ser humano é o que pensará como uma mente além. -




 Edson X , Ciensofia, Amazon, 2019


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