Evolução Biométrica
Uma carta para Alfred Wallace Cairíssimo Alfred Wallace,
foi com grande jubilo, que recebi sua carta sobre sua teoria da evolução e seleção natural, em meu peito nasceu um Sol, ao tormar conhecimento que iniciares aqui vossas teorias, em nossos majestosos rios
Negro e Solimões, em nossa emblemática Floresta Amazônica.
Sua carta demorou a chegar a minhas mãos cento e sessenta e um anos, mas como dizem ‘mais antes tarde do que nunca’, porem, às vezes é preciso entender que, algumas coisas tem seu próprio tempo, e não tem jeito que der jeito.
Suas cartas saíram da Amazônia, para a Inglaterra, da Inglaterra para o Arquipélago Malaio (Indonésia), retornando para sua amada Inglaterra, e agora voltam para a sua e minha, amada Amazônia.
Apesar de não merece-las, esse homem simples um homem do povo, lutará com afinco e destreza para justificar tamanho mérito, responsabilidade. Poderíamos chamar isso de ‘ironia do destino’, porém, chamo de ‘glória do destino’, seu valioso trabalho científico saiu da Amazônia e voltou para as mãos de um Amazono, que quando garoto brincou e pescou nos fabulosos rios em que criastes tuas teorias, que tu amastes, mas também que te deram grandes dores, como a morte por febre amarela do teu estimado irmão em Belém, depois partistes da Cidade dos deuses (Manaus) para a Inglaterra.
Sem me delongar, pois és um homem extremamente ocupado em desvendar os segredos ocultos pela a natureza.
Li suas cartas em estado de êxtase, pela tamanha clareza de pensamento, és um exímio observador, daquele que sabe que, no óbvio pode está o maior dos erros, a maior das descobertas. Então, em minha ínfima sabedoria, desenvolvi meu trabalho, que havia iniciado em meu livro Ciensofia, dedicado mais as questões da ciência física, mas que já havia aplicado o termo Biométrica nele, a base da minha evolução e seleção biométrica, já se encontra nesse livro, sua proposta básica é unificar a ciência biológica com a ciência física.
Suas expedições pelos os rios amazônicos, Epelo o arquipélago Malaio, são inspiradoras, quanta coragem, quanta paixão pelo o conhecimento, não tenho duvidas, teu nome está marcado para sempre na historia da ciência.
Em minha carta parto da sua dinâmica historia de vida, analiso suas ideias, e pesquisas em relação a Charles Darwin, este que representa para vossa senhoria um grande símbolo da ciência, um mestre. Comparo sua visão da evolução e seleção natural em relação à evolução e seleção natural proposta por teu estimado Darwin, e como elas influenciam os mais variados ramos da ciência biológica moderna.
Se em minhas observações, concordares pelo menos em cinco por cento delas, isso será para mim, algo de valor inestimável, pois cada pequeno avanço na ciência, representa um marco para a humanidade.
Aguardo com ânsia do tamanho dos rios amazônicos tua resposta.
Edson Exs, Manaus, Amazônia,
20032021
Dedicado a Alfred Russel Wallace
Alfred Russel Wallace e suas bases científicas para a teoria da evolução. Biografia.
Agora os naturalistas estão começando a olhar além, e a perceber que existe algum principio que regula infinitas variedades de formas de vida animal.
Alfred Russel Wallace
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Evolucionistas antes de Wallace e Darwin já tinham mencionado o mecanismo da seleção natural. Para Wallace (1855-58), a variação existe em larga escala entre populações e ela está disponível para a ação da seleção natural. Parte dessa variação beneficia seus portadores na luta pela sobrevivência. Darwin (1858-9) chegou a conclusões semelhantes quase ao ‗mesmo tempo‘. Mas, quais são essas tão comentadas ‗semelhanças‘, que se fala durantes um século e cento e sessenta e um anos depois? No capitulo seguinte, definiremos essa questão.
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Wallace veio para o Brasil, pensando em testar suas teorias sobre a origem das espécies, enquanto o renomado cientista Charles Darwin nada havia publicado. Wallace publicava seus trabalhos em revistas científicas da época.
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Com bases em seus conhecimentos de geografia, geologia e biologia escreveu que: "toda espécie chegou à existência coincidentemente tanto no tempo quanto no espaço com uma espécie aliada preexistente".
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Wallace propôs que todas as espécies vivam descendem de um único ancestral comum, e explicou como elas se diferenciavam. Ele foi o primeiro a notar que os trechos longos dos Rios Amazônicos (Negro e Solimões) eram habitados por duas espécies de mariposas diferentes, era a base da seleção natural no que diz o isolamento, o distanciamento geográfico, podia transformar duas populações da mesma espécie, em espécies distintas:
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Wallace tanto considera o espaço como um elemento ativo no processo evolutivo, e suas divisões condutoras das distinções entre as espécies: reconheceu que o distanciamento geográfico, ambiental, está relacionado com as historias das espécies, ou seja, as espécies mais próximas entre si compartilham um ancestral comum mais recente, do que com a espécie mais distante. E que a Separação espacial entre as mesmas espécies poderiam torna-las distintas uma da outra.
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Em 1858, quando sofreu um ataque de malária, usou as ideias de Thomas Malthus sobre o Crescimento populacional e os meios de subsistências, para incorpora em seu trabalho a Idea que ‗somente os mais aptos sobrevivem‘, explicando como os organismos se tornam naturalmente adaptados ao ambiente.
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A busca de evidências que confirmassem a teoria da evolução foi coroada com êxito por Wallace, no arquipélago Malaio. Vários casos indicavam que, de maneira muito geral, as distribuições disjuntas de espécies se devia à extinção de formas intermediárias. Assim, por exemplo, em relação aos lepidópteros do gênero Euploea, Wallace notou, desde sua chegada a Cingapura, que As Euploea aqui ocupam o lugar dos Heliconidae da Amazônia e se assemelham a elas exatamente em seus hábitos (Wallace, 1854a, p.4396).
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A analogia da ordenação das espécies dentro de um sistema que lembrava os galhos e ramos de uma árvore foi muito bem observada e descrita por Wallace, ideia que também será seguida por Charles Darwin.
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Wallace deu o conceito biológico de espécie, e falou sobre a importância da seleção natural, e ainda das diferenças entre as seleções naturais e artificiais. Darwin, ainda incorporava o ‗lamarckismo‘ a sua teoria. Wallace sempre se opôs a ‗Lamarck‘.
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A distinção básica entre Lamarck e Darwin não diz respeito à ideia dos efeitos da hereditariedade do ‗uso e desuso‘ das partes. Nisso ambos estavam de acordo. Quando Darwin explica a seus correspondentes que quer evitar ‗os erros de Lamarck‘, ele se refere a sua visão da vida a uma arvore genealógica, pela a lógica da ancestralidade, ao passo que Lamarck pensava em processos paralelos de aperfeiçoamento continuo.
Darwin antecipava, na primeira edição do ‗Origem‘, uma conjectura sobre a origem da baleia: ela seria descendente de mamíferos terrestres, a ideia foi criticada com zombaria, inclusive ele a retirou na edição seguinte.
Para Lamarck isso seria impensável, pois para um mamífero aquático seria o ‗aperfeiçoamento‘ de um réptil aquático. Um mamífero terrestre não se ‗aperfeiçoa‘ tornando-se um aquático, como propôs Darwin.
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Wallace adotou sem restrições o gradualismo Naturalista, transpondo-o para o seu pensamento biológico.
Darwin acreditava na herança de características adquiridas, pois ele mesmo não acreditava que a seleção natural era suficiente para explicar o processo evolutivo das espécies, enquanto que Wallace rejeitou prontamente o lamarckismo, desde o inicio de sua carreira cientifica. E Darwin, em cada nova edição dos‗Origens‘, mais se tornava lamarckiano, é o que dizem seus críticos científicos.
Quanto aos grandes macacos, desde Lamarck, a postulação da origem símia dos seres humanos era patrimônio do pensamento heterodoxo, e Wallace ―ficou fascinado com a possibilidade de estudá-los no seu habitat, arquipélago Malaio. Para ele, era perfeitamente aceitável que tivéssemos um ancestral comum com os orangotangos‖.
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Em 1868, Wallace lançou o livro Arquipélago Malaio, contando suas viagens pelo o arquipélago Malaio, no livro Wallace descreve uma linha imaginária entre as faunas da Austrália e da Ásia, hoje conhecida como alinha Wallace.
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Wallace viajar para a Amazônia ainda muito jovem, tinha apenas 25 anos. Aos 31 viaja para o Arquipélago Malaio (Indonésia). Wallace viajou pelas as ilhas desse arquipélago, deparou-se com um feito curioso, apesar da proximidade geográfica, partes das ilhas tinham diversidades complementes diferentes das outras partes: em uma parte, algumas ilhas mantinham a relação de biodiversidade encontrada na Ásia, mas as ilhas mais ao sudeste mantinham relações com a biodiversidade australiana.
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Depois de muito estudar compreendeu hoje o que chamamos de placas tectônicas, e traçou a barreira biográfica, atualmente conhecida como a ‗linha de Wallace‘.
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Wallace contou mais de 180 mil espécies no arquipélago Malaio, só de besouros mais de 80 mil, sendo que mil representavam espécies novas para a ciência, isso é para Percebemos como a categorização dos animais já estavam avançadas naquele tempo.
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Descrições dos seus estudos e aventuras foram eventualmente publicados, uma em especial se tornou um dos diários de exploração cientifica mais populares do século XlX. A publicação foi elogiada por cientistas, tais como Darwin, a quem o livro foi dedicado.
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Wallace manifestava uma posição incomum para o século XIX, e não chamava as tribos selvagens de ―primitivas‖ e nem as considerava imoral ou intelectualmente ―inferiores‖ aos europeus. Isso tipo de postura de Wallace lhe acarretou grandes problemas pessoais.
Enquanto que Darwin em seu livro A Ascendência do Homem‘, ainda assume uma posição racista, falando de ‗raças humanas‘ (isso é não é biológico), ou misoginia dizendo que a mulher tem ‗um intelecto menor‘, que o homem, porém, também dirá seguindo o exemplo de Wallace, que nenhum ser é superior ao outro.
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Os doze anos que passou convivendo com os nativos do arquipélago, lhe deram uma visão mais realista da natureza humana, ‗Quanto mais vejo pessoas menos civilizadas, melhor compreendo a natureza humana como um todo, e as diferenças essenciais entre os chamados homens civilizados, e os selvagens, tendem a desaparecer.
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Para Darwin a seleção sexual deu origem ao que ele chamava de ‗raças‘ humanas, e progresso cultural, o porquê dos humanos se dividirem em diferentes grupos raciais, a cor da Pele e do cabelo como indicadores importantes. A seleção sexual podia afetar características mentais como inteligência e amor materno, até mesmo dentro dos grupos raciais, ele escreveu: ―o homem é mais corajoso, sagaz e enérgico do que a mulher, e tem mais gênio inventivo‖.
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Wallace era contra essas definições darwinianas de sua seleção sexual (racismo-sexismo):
A ideia de ‗raças inferiores‘ de Darwin, dividia até mesmo seus parentes diretos. Uma votação crucial ocorreu em 1913 no Parlamento Britânico, sobre a esterilização de ‗tipos inferiores‘. De um lado estava o filho de Darwin, o Major Leonard Darwin, que presidira um congresso de eugenia no ano anterior, do outro lado seu primo Clemente Wegwood, que foi um dos três votos contrários, mas lutou contra a vetaçao da lei, e conseguiu suplanta-la.
Francis Galton era primo de Darwin, e baseado em suas teorias, cunhou o termo Eugenia, que significa ‗bem nascido‘. Galton definiu a eugenia como ‗‘o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades essências das futuras gerações seja física ou mentalmente‘.
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Alguns estudiosos alegam que talvez Darwin, tenha assumido essas posturas (racismo-sexismo) por causa do ‗espírito da época‘, ou talvez, para agradar os vitorianos superiores aos ‗selvagens‘. Mas, seja como for, Wallace não comportava com o ‗Espirito da época‘, porque seu espirito era mais avançado que ela.
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Inclusive já aos 60 anos, escreveu sobre os direitos das mulheres, e direitos no trabalho. Trabalhos sobre a nacionalização da terra trazem ideias de quem estava muito além do seu tempo. Ele sugeriu uma legislação para salvaguardar patrimônios históricos, a construção de cinturões verdes em parques, agrupamentos para repovoamento e organização urbana, sempre em constância com a natureza, com a ecologia.
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Enquanto Darwin temia apresentar suas ideias na Inglaterra vitoriana, que acreditava no fixismo criacionista. Wallace lança suas ideias aos quatro ventos, e foi exatamente essa valentia de Wallace que irá influenciar Darwin a apresentar ao publico, em ‗conjunto‘ com Wallace suas teorias:
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De fato, desde o retorno de sua viagem no H.M.S. Beagle (1831-1836), Darwin já começara a esboçar sua teoria. Entretanto, fizera isso secretamente por pelo menos 20 anos devido ao fato da teoria confrontar a crença religiosa de que Deus teria criado todos os seres vivos de forma fixa, imutáveis. Portanto, a teoria era inaceitável a um membro da elite britânica na Era Vitoriana.
(Na segunda edição do Origem Das Espécies, Darwin introduz uma epígrafe, um trecho do livro do bispo anglicano Joseph Butler, que utiliza termos dos atuais defensores do Design Inteligente, inclusive utilizando essa expressão, além disso inseriu referencias ao ‗Criador‘. Algo totalmente contraditório).
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Por outro lado, Wallace, sem as amarras sociais de Darwin, escreveu um ensaio detalhado explicando sua Teoria de Seleção Natural e enviou ao Darwin juntamente com uma carta e apresentação. Como já se correspondia com Darwin, ele sabia de seu interesse sobre transmutação das espécies (como a evolução era chamada).
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Wallace não era contra as vacinas, mas pela a forma anti-higiênica em que eram aplicadas. Wallace fez um estudo que mais pessoas eram prejudicas pelas as vacinas, do que seu efeitos protetores, por causa da forma sem base higiênica em que eram aplicadas. ‗Hoje‘, a higienização é a base da ciência médica universal.
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Wallace através de seus estudos sobre tamanhos de crâneos, ele tentava medir as funções da mente e da personalidade de cada um, e dizia que, ‗A mente é um função do cérebro‘, indo de encontro a crença comum na época que eram funções separadas. Mas, os estudos da inteligência dos homininios, caracterizado conforme o tamanho dos crâneos destes. Assim, por exemplo, conforme o tamanho de um crâneo, sua capacidade de inteligência é analisada.
ALFRED RUSSEL WALLACE...
Teve uma vida agitada desbravando horizontes além, ‗louco‘, apaixonado pela a natureza, pela a vida. Enfrentou dificuldades desde a infância até o dia que morreu dormindo, aos 90 anos de uma vida intensa.
Enquanto Darwin sentiu em seu rosto as brisas dos ventos das ilhas Galápagos, coletando dados, e analisando os pescoços das tartarugas, Wallace teve que enfrentar a floresta mais fechada, perigosa, e de maior diversidade biológica do mundo, a floresta amazônica. E escreveu sua ‗Lei do mais apto‘, enquanto lia Malthus , delirando de febre, depois de adquirir malária. Seu irmão morrerá atacado pela a febre amarela.
A medida que seu barco afastava-se da floresta amazônica, eladistancia-se dele, houve um momentosublime de respeito entre ambos, a Amazônia devorou seu irmão, mas respeitou aquele audaz mortal, não sentia-se culpada, o desafiante deve arcar com os ônus do desafio. Wallace com olhos plácidos inclina um pouco a cabeça em reverência a Toda Poderosa Natureza, e segue.
No retorno de casa seu barco virou um ‗Titanic‘, ferido mais vivo, depois de dez dias à revelia pelos os lares de Poisedon, retornou a sua querida Inglaterra, levando a Amazônia a alma. Era chegada a hora de encarar os perigos do arquipélago Malaio.
Foi o ‗ultimo cientista aventureiro do Velho Mundo‘, ainda não contente em apenas em encarar a Gigante Verde (Amazônia), enfrentou as florestas perigosas do arquipélago Malaio, cruzou rios e mares, e algumas vezes por eles fora ‗engolido‘, e doenças que lhe infringiram a carne e o ‗coração‘(morte do irmão), em sua busca incessante pelo o conhecimento dos mistérios da Vida, guardados a sete chaves pela a natureza implacável, qual enfrentou, mas que no final entre tragédias e alegrias, ás vezes se conciliavam, outras vezes reconciliavam-se, era como um casal que brigavam, mas que se amavam, para o bem da ciência, pelo o bem da natureza e da humanidade.
Wallace é um exemplo que inspira por suas atitudes audaciosas, de alguém que não queria passar pelo o planeta Terra sem deixar sua marca, sua contribuição para a ciência, para a humanidade, nem mesmo as condições de extremas necessidades que lhe acometeram desde sua infância, o delimitaram, manteve em seu espirito um amor pela a natureza, que compensará todo o esforço por ele desprendido, para poder dizer no final: ‗Sim, valeu a pena, mesmo entre escombros, venci‘.
Wallace jamais declinou por não ter apoios de contatos poderosos, ou das vantagens da riqueza, não se intimidou e foi adiante, conseguindo realizar feitos extraordinários, através de sua concentrada força de vontade, pensamento independente, rebeldia, entusiasmo pela natureza, pela a ciência, pela a Vida.
Reunião da Sociedade Lineana em 1858, para apresentação dos trabalhos sobre evolução natural desenvolvidos por Wallace e Darwin.
Nem Darwin nem Wallace estavam presentes. Darwin ficara em sua casa na Inglaterra em luto pela morte de um filho de febre escarlate; Wallace estava na distante Nova Guiné, caçando borboletas e besouros.
O artigo de Wallace formalmente intitulado "Sobre a tendência das variedades de se diferenciarem indefinidamente do tipo original" foi popularmente chamado de "o artigo Ternate", pelo nome da cidade da Indonésia da qual ele enviou o estudo para Darwin. O artigo foi a primeira explicação completa o processo de seleção natural, que introduziu o conceito da sobrevivência dos mais fortes.
Wallace, que não tinha consciência que seu artigo tinha sido apresentado na Sociedade Linnean, continuou colecionando dados e escrevendo sobre biogeografia, a biologia da ilha, a mudança das marés e a antropologia do arquipélago melanésio, onde passou oito anos produtivos, porém isolados.
Darwin, membro da elite científica britânica. Wallace, que deixou a escola aos 14 anos e vinha de uma família modesta.
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Darwin era mais velho e mais bem estabelecido. Sem dúvida que vinha pensando sobre a evolução e colecionando dados volumosos, mas até aquele momento ele não tinha publicado uma única palavra sobre o assunto.
Wallace, por outro lado, havia escrito vários artigos sobre a evolução antes do artigo Ternate, inclusive o Sarawak Law de 1855, em que afirmava o princípio hoje o óbvio que "toda espécie chegou à existência coincidentemente tanto no tempo quanto no espaço com uma espécie aliada preexistente".
Quais são as ‗semelhanças‘ entre a teoria da e evoluçãoproposta por Wallace e Darwin. Na reunião da Sociedade Linneana, em que realmente consistem, quais das duas apresentaram mais consistências científicas?
Sobre as polemicas das cartas de Wallace à Darwin (capitulo Cartas de Wallace). Independentemente das polemicas que as envolvem, em torno de Darwin, e das suspeitas que recaem sobre ele, ter ser apoderado das ideias de Wallace. Vamos ao quer é realmente objetivo, cientifico:
Os trabalhos de Wallace por ele apresentados Jamais estiveram sobre suspeição, e os apresentavam abertamente, e pela a grande admiração que tinha por Darwin (14 anos mais velho que ele) , ao invés de mandar sua analises cientificas para as revistas ou grupos científicos da época, os enviavam a Darwin, acreditava piamente nele, não só como cientista, mas como homem honroso, digno da sua absoluta confiança.
A carta com o manuscrito de Wallace foi postado em Ternate em 9 de março de 1858. Nesse exato momento em que Wallace postou sua carta com o ‗Ensaio sobre a tendência das variedades de se afastarem indefinidamente do tipo Original‘. Aqui, ele marcou para sempre seu nome na historia da ‗biologia moderna‘, da historia cientifica.
Naquela época o registro de uma obra era feito através das cartas enviadas entre os pesquisadores das áreas cientificas, por publicações em revistas, ou em reuniões oficiais de grupos científicos. Assim, Wallace assina-la seu pioneirismo na publicação da teoria evolução, da seleção natural. Semelhanças‘ em ciência, pode significar um abismo entre as ditas partes ‗semelhantes‘, que é a diferença entre um asno e um cavalo pangaré. Cada acréscimo em uma teoria desenvolve milhares de fenômenos.
Agora, independentemente das polemicas envolvendo as cartas de Wallace à Darwin, se Darwin. Vamos ao cerne da questão:
Como Lyell e Hooker puderam afirmar, na introdução do trabalho conjunto, que Darwin e Wallace haviam chegado independentemente à mesma "teoria engenhosa para explicar a aparição e perpetuação de variedades e formas em nosso planeta", quando isso não era correto.
Ao receber o manuscrito de Wallace, Darwin notificou seus amigos, Charles Lyell e Joseph Dalton Hooker (1817-1811). Eles se encarregaram de apresentar essas contribuições aos membros da Sociedade Lineana de Londres e decidiram a ordem em que seriam apresentadas.
Eram estas: um apontamento de Darwin,supostamente escrito em 1839 e copiado depois em 1844; um fragmento da carta que Darwin escreveu a Asa Gray em setembro de 1857; e o trabalho de Wallace Sobre a tendência das variedades de se afastarem indefinidamente do tipo original (Darwin; Wallace, 1858), escrito em fevereiro de 1858, em Ternate, nas ilhas Molucas.
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Desta forma, o ensaio de Wallace ficou no final. Darwin inseriu uma nota esclarecendo que o resumo do ensaio nunca fora escrito para ser publicado e que, portanto, não fora escrito cuidadosamente (o que pode ser notado na leitura). Todavia, como assinala Beddal (1968), o conteúdo dessa nota não era totalmente correto, pois Darwin tinha uma cópia encadernada do mesmo ensaio, com instruções dirigidas a sua esposa para que fosse publicado no caso de sua morte prematura.
Depois da publicação dos resumos de Wallace e Do ensaio de Darwin, no Journal da Sociedade Lineana em 1858, Darwin abandonou, em definitivo, a redação de seu big book on species, intitulado Natural Selection, e, nesse mesmo ano começou a escrever febrilmente um novo livro, um resumo de seu big book on species, publicado em 1859, sob o título de Origin of Species
Por fim, ao analisarmos, pormenorizadamente e em separado as contribuições de Wallace e Darwin, na publicação conjunta orquestrada por Hooker e Lyell, podemos observar que o ensaio de Wallace é consideravelmente mais bem escrito e desenvolvido que os resumos de Darwin. Wallace, por exemplo, inicia dizendo que as variedades produzidas em estado de domesticação são muito distintas daquelas que ocorrem em estado natural – uma total oposição ao ponto de vista de Darwin, que acreditava ser o processo de seleção artificial, promovido pela domesticação, uma fiel analogia da seleção natural ocorrida na natureza. Para Wallace, as variedades domesticadas, quando abandonadas, têm uma tendência a reverter à forma normal de sua espécie antecessora.
Deste modo, Wallace rechaçou firmemente a validez dessa analogia. Darwin, como tantos outros naturalistas, havia iniciado por uma consideração dos animais domésticos e por uma analogia com o estado natural; mas fez uma analogia dos resultados conhecidos da seleção de formas domésticas com possíveis resultados de uma força seletiva mais poderosa que ele propunha atuar na natureza.
Wallace também afirmou que "A vida dos animais selvagens é uma luta pela existência" (Darwin; Wallace, 1858, p.54), ou seja, todos devem exercer suas faculdades e energias ao máximo para preservar sua própria existência e de sua prole. Dependendo do grau de êxito de uma espécie, seus membros serão mais ou menos numerosos: "A proporção geral que deve haver em certos grupos de animais é facilmente visível.
Animais grandes não podem ser tão abundantes como os pequenos; os carnívoros hão de ser menos numerosos que os herbívoros" (ibidem). Apesar da fecundidade, que permitiria que cada espécie expandisse amplamente seu número, é evidente que a população animal do globo deve ser estacionária ou, talvez, pela influência do homem, decrescente (ibidem); é claro que as flutuações se evidenciam por todas as partes. Depois de um simples cálculo, baseado na fecundidade das aves, Wallace concluiu que "é evidente, portanto, que a cada ano um número imenso de seres deve perecer – tantos, de fato, quantos nascem" (Wallace; Darwin, 1858, p.55), isso se a população permanecer em equilíbrio.
Em seguida, Wallace pondera:
O número dos que morrem anualmente deve ser imenso, e como a existência individual de cada animal depende dele mesmo, os que morrem devem ser os mais fracos – os muito jovens, os velhos e os enfermos –, posto que os que prolongam sua existência devem ser os mais perfeitos em saúde e vigor – os mais aptos na obtenção regular de alimento e no evitar seus numerosos inimigos. É, como notamos, uma "luta pela Existência", na qual o mais fraco e menos perfeitamente adaptado sempre deve sucumbir. (Darwin; Wallace, 1858, p.56-57).
Em fevereiro de 1858, o naturalista Alfred Russel Wallace encontrava-se na ilha de Gilolo capturando insetos para vender, quando uma doença o impediu de continuar trabalhando. O ofício de entomólogo financiava seu verdadeiro objetivo: levantar dados para fundamentar uma teoria sobre a origem das espécies, motivação que o conduzira da Inglaterra para a floresta amazônica e, naquele momento, para o arquipélago Molucas (região da Nova Guiné, Oceania). Durante o repouso forçado, ele pôs-se a refletir sobre a natureza viva e, subitamente, ocorreu-lhe uma intuição, assim descrita em recordações datadas de 1905:
Naqueles dias eu sofria de um ataque agudo de febre intermitente; todo dia (durante os acessos de frio e posterior calor) tinha de repousar por algumas horas, tempo durante o qual nada tinha a fazer senão pensar sobre alguns assuntos que então me interessavam particularmente. Um dia algo fez-me recordar os Princípios de população, de Malthus, que eu havia lido doze anos antes; pensei em sua clara exposição dos 'impedimentos positivos ao aumento' – doença, acidentes, guerra e fome – que mantêm a população das raças selvagens tão abaixo da média das pessoas civilizadas. Então, ocorreu-me que essas causas (ou suas equivalentes) também estão continuamente agindo no caso dos animais e, como eles usualmente reproduzem-se muito mais rapidamente do que os humanos, a destruição anual devido a elas deve ser enorme para controlar a população de cada espécie (posto que os animais, evidentemente, não aumentam regularmente de ano para ano, pois de outra maneira o mundo de há muito teria sido densamente povoado pelos que procriam mais rapidamente).
Pensando vagamente sobre a enorme e constante destruição que isso implica, ocorreu-me formular a questão: por que alguns morrem e alguns vivem? E a resposta foi
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claramente que, no todo, o melhor adaptado vive. ... Então, subitamente me lampejou que esse processo auto-ativo necessariamente melhoraria a raça, porque a cada geração o inferior inevitavelmente seria destruído e o superior permaneceria – ou seja, o melhor adaptado sobreviveria. ... Quanto mais pensava nisso, mais ficava convencido de que eu havia finalmente descoberto a tão buscada lei da natureza que resolve o problema da origem das espécies. Durante a hora seguinte, pensei nas deficiências das teorias de Lamarck e do autor dos Vestígios, e vi que minha nova teoria suplementava essas visões e obviava todas as dificuldades importantes (Correspondence, 7, p. 512).
Estou muito contente devido a uma carta de Darwin, na qual ele diz que concorda com 'quase todas as palavras' do meu artigo. Ele está agora preparando seu grande trabalho sobre 'Espécies e Variedades', para o qual tem coletado material faz vinte anos. Ele pode salvar-me do problema de escrever mais sobre minha hipótese, ao provar que não há diferença na natureza entre a origem das espécies e a das variedades; ou pode trazer-me problemas se chegar a outras conclusões. Mas em todos os casos seus fatos dar-me-ão sobre o que trabalhar (Correspondence, 7, p. 107, n. 2).
Até este ponto, os argumentos de Wallace e Darwin são notavelmente semelhantes. Porém, o seguinte passo lógico de Wallace, claramente, não tem um correspondente na formulação prévia de Darwin (1844), nem tampouco o conceito – muito distinto – expressado em sua carta de 1857 a Asa Gray (1810-1888).
Segundo Wallace, a maioria das variações da forma típica de uma espécie, ou talvez todas, devem ter algum efeito definido – apesar de serem pequenas – sobre os hábitos e capacidades dos indivíduos. Igualmente uma mudança na cor pode, por deixá-los mais ou menos indistinguíveis, afetar sua segurança (Wallace, Darwin, 1858, p.58). Também é evidente que a maioria das mudanças afetará, favorável ou desfavoravelmente, as faculdades ligeiramente ampliadas para prolongar sua
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existência; essa variedade, inevitavelmente deve, com o tempo, adquirir superioridade numérica (ibidem). Então, em geral,
Todas as variedades se situam, portanto, em duas classes – aquelas que, sob as mesmas condições, nunca alcançarão a população de uma espécie parental, e aquelas que, com o tempo, obterão e manterão uma superioridade numérica. Entretanto, se ocorre alguma alteração das condições físicas em um distrito ... é evidente que, de todos os indivíduos que formam a espécie, aqueles que formam o grupo menos numeroso e a variedade mais deficientemente organizada serão os que sofrerão primeiro, e, se a pressão é severa, deverão extinguir-se logo. (ibidem)
Se essa crise ambiental extrema é contínua, os indivíduos da espécie antecessora também morrerão, diminuindo, assim, a população típica da espécie ao ponto da extinção: "A variedade superior será, então, a única que restará e, com o regresso das circunstâncias favoráveis, aumentará rapidamente de número e ocupará o lugar da espécie e da variedade extintas" (ibidem).
Darwin não havia explicado, no trabalho de 1844, como surgem as novas espécies; e igualmente sobre a formação de variedades na natureza havia dito simplesmente "Quem pode pretender afirmar que ela [a seleção natural] não produzirá algum efeito?".
Como Lyell e Hooker puderam afirmar, na introdução do trabalho conjunto, que Wallace e Darwin haviam chegado independentemente à ‗mesma teoria engenhosa‘ para explicar a aparição e perpetuação de variedades e formas em nosso planeta, quando isso não era correto?
Em outra passagem da carta a Gray, Darwin expôs sua ideia mais claramente: "Cada nova variedade ou espécie, quando formada, geralmente tomará o lugar de, e assim exterminará seu antecessor menos adaptado" (Darwin; Wallace, 1858, p.51-52).
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A diferença entre os conceitos dos dois infatigáveis naturalistas é evidente: Wallace postulou que a variedade superior se expande para ocupar o lugar da espécie antecessora depois que essa população sucumbiu a alguma crise ambiental; Darwin postulou uma competição direta entre a variedade superior e a população da espécie antecessora, terminando com a eliminação da população da espécie antecessora.
A teoria de Wallace, através do princípio de divergência, teria a vantagem adicional de explicar outros fenômenos. Esse termo, utilizado ao redor do ano de 1829, significava desvio de uma norma contínua ou padrão, e o registro fóssil deixava evidente a divergência das formas representativas posteriores comparadas com as anteriores, em cada grupo de organismos.
Já o princípio de divergência de Darwin não ofereceu nenhuma explicação para a separação contínua. Não explicou a formação nem de linhagens nem de morfoespécies. Darwin somente afirmou que "a variada prole de cada espécie intentará (e somente umas poucas conseguirão) ocupar tantos e Tão diversos lugares na economia da natureza como sejam possíveis".
Esta conjectura contrariava a experiência de Wallace que, depois de uma década estudando animais em campo, sabia que, apesar de as variedades ocuparem localidades diferentes das da espécie antecessora, todas as diferenças que apresentavam eram ligeiras e que, em ambas, a variedade e espécie típica ocupavam o mesmo lugar na economia da natureza. A conjectura de Darwin só podia ser vista por Wallace como uma especulação de alguém que conhecia muito pouco da variação que ocorria na natureza (Brooks, 1984, p.211).
Darwin costumava repetir que ‗A natureza não dar saltos‘, uma frase que vinha desde a antiga Grécia, ou seja, para Darwin mudanças desprendem muito tempo, longos períodos
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de tempos, o próprio amigo e defensor ferrenho de Darwin, Thomas Henry Huxleu, solicitou a Darwin para que ele revesse essa posição, mas era o seu dogma pessoal-cientifico, mas Wallace não se comportar a definições de tempo, apenas afirma, em suas observações iniciais sobre a evolução que:
...a ideia que concebo do progresso da vida orgânica sobre o globo ... é que o tipo mais simples e mais primitivo (sob uma lei à qual está subordinada a produção do semelhante) deu origem ao tipo seguinte acima dele e este produziu o próximo tipo mais elevado – assim sucessivamente, até o mais alto de todos; como os graus de avanço, em todos os casos, sempre foram pequenos (a saber, apenas de uma espécie a outra), o fenômeno sempre possuiu um caráter simples e modesto (apud Papavero& Bousquets, 1994, p. 20).
A ciência moderna evolutiva está cada vez mais Concluindo que a evolução pode se comportar de forma muito mais rápida do que propunha Darwin, mas que, como analisado, não descaracteriza como Wallace propôs a evolução natural. No capitulo seguinte veremos como a seleção natural de Wallace está de acordo com as ‗visões modernas‘ da evolução em teorias como, por exemplo, Evo devo, Epigética.
Por fim, se levarmos em conta as diferenças existentesentre os trabalhos de Wallace e Darwin, que bem se podem notar nos escritos de ambos, Wallace poderia ter-se perguntado se Lyell e Hooker compreenderam o que a teoria de cada um afirmava. Se houvessem realmente entendido, certamente não teriam afirmado, na publicação conjunta, que as teorias de Wallace e Darwin eram as mesmas (Brooks, 1984, p.211-212).
Muito se fala que Wallace havia sofrido preconceito pelos os acadêmicos por não ter graduação, porém, Charles Darwin também não era acadêmico, ambos eram
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autodidatas. Wallace teve que se afastar dos estudos acadêmicos por causa de questões financeiras, e Darwin, por opção. Então,será que a posição social de Darwin, de sua família e de seus contatos influenciou na questão?
Darwin conseguiu uma pensão da rainha vitóriap para Wallace, de cem libras ao ano, alguns autores anti- Darwin, diziam que isso era o que ele gastava com carne em um mês. E que isso seria um ̳cala boca Sócrates‘ em Wallace, é o que dizem ̳as más línguas‘. Seja como for, Wallace era pai de três filhos, e como dizem, ̳um pai faz (ou deixa de fazer) qualquer coisa por seus filhos‘.
Por fim condensando as seleções naturais de Wallace e Darwin, conforme os dados apresentados entre os trabalhos de ambos no decorrer de seus desenvolvimentos, elas são postas dessa forma:
A seleção natural proposta por Alfred Wallace,
afirma que o meio ambiente é ativo no processo evolutivo, que suas divisões conduzem distinções entre espécies, e que na luta pela a sobrevivência entre os organismos atuam como selecionadores de caracteres perpetuando os mais aptos a sobreviver em um determinado espaço-tempo.
(Wallace não define uma medida definitiva de tempo)
A seleção natural proposta por Charles Darwin, afirma que na luta pela a sobrevivência entre os organismos, o ambiente atua selecionando os caracteres perpetuando os mais aptos a sobreviverem determinado local.
(Para Darwin a evolução ocorre através de logos períodos de tempo, e de muitas gerações sucessivas)
Divergência Evolutiva - Síntese moderna – Deriva Genética - Evo Devo - Epigenética - Evolução paralela = Seleção natural de Wallace.
No Rio Negro na Amazônia Wallace elabora que a questão das barreiras físicas, que modificam as espécies, começa a ser uma constantes em todos os seus trabalhos. É a base das ciências modernas que estão surgindo, estão ‗sempre‘ dentro da seleção natural de Wallace no que concerne o impacto entre os organismos e ambientes. Como veremos no capitulo seguinte.
Wallace concebeu os grandes rios amazônicos como barreiras insuperáveis à dispersão das espécies, ainda que não como uma barreira que houvesse dividido uma população ou biota ancestral em dois descendentes, os quais, com o tempo, haveriam se convertido em espécies distintas.
Todavia, esse assunto nunca ficou fora de sua atenção, pois em um artigo sobre mariposas do vale amazônico, apresentado à Sociedade Entomológica de Londres em dezembro de 1853, Wallace argumentou que a diversidade desses insetos estaria diretamente relacionada a fronteiras físicas (Wallace, 1853a). Novas espécies poderiam originar-se quando uma espécie ancestral, vivendo originalmente em terras mais altas (como as que habitam planaltos e montanhas, por exemplo), se dispersasse por terras mais baixas (mais recentes do ponto de vista geológico); as populações das terras mais baixas seriam modificadas pela influência dos novos habitats, gerando variedades e, finalmente, novas espécies. Os dados obtidos sobre a distribuição das mariposas apontar nessa direção.
Em sua obra Viagens pelos rios Amazonas e Negro (1972), Wallace apresentou uma visão geral da geografia e geologia, vegetação, zoologia e antropologia da região
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amazônica. Uma das questões mais pertinentes desse livro encontra-se nos capítulos sobre as características gerais da história geológica da bacia amazônica e, consequentemente, dos padrões de distribuição de populações de espécies de terras altas que geraram as espécies das terras baixas, em certos grupos de animais (Wallace, 1853b, p.425-427; 1889, p.294-296).
Primeiramente Wallace visa processos evolutivos seletivos vindos de barreiras físicas entre as espécies, a seguir prova a sua seleção natural, pela formação de novas espécies de mariposas. _Finalmente, em 1855, Wallace decidiu publicar sua Lei que regula a introdução de novas espécies (1885b). Texto completo no Capitulo Wallace e as mariposas.
Um caso posterior confirmou, mais uma vez, sua teoria. Em 1857, ao desembarcar nas ilhas Aru, teve a possibilidade de coletar três exemplares (um macho e duas fêmeas de uma nova forma relacionada com a Ornithoptera priamus. Esta nova forma nativa de Aru era exatamente intermédia entre o O. priamus de Amboina (nas ilhas Molucas) e o O. poseidon de Nova Guiné. Efetivamente, O. priamus tem quatro manchas negras na asa posterior, e a asa anterior não apresenta uma veia longitudinal central verde; O. poseidon tem duas manchas negras na asa posterior e uma veia longitudinal central verde na asa anterior: a nova forma descoberta por Wallace em Aru tinha três manchas negras na asa posterior, e a veia verde da asa anterior tem um comprimento exatamente intermediário entre O. poseidon e O. priamus.
Ali estava, de maneira clara, segundo Wallace, o processo de formação de espécies, com toda a sua evidência. Uma espécie antecessora havia ocupado completamente a área então ocupada por essas três formas, que se haviam diferenciado em populações localizadas, por influência do ambiente. Contudo, a forma intermediária (das ilhas Aru) existia.
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Se desaparecesse a forma encontrada em Aru, O. priamus e O.poseidon permaneceriam como espécies isoladas e separadas, tal como Wallace havia proposto para tantos e tão diversos grupos zoológicos.
A seleção natural proposta por Alfred Wallace, afirma que, o meio ambiente é ativo no processo evolutivo, e suas divisões conduzem distinções entre as mesmas espécies, e a luta pela a sobrevivência entre os organismos atuam como selecionadores de caracteres perpetuando os mais aptos a sobreviver em um determinado espaço-tempo.
Em genética chamamos de ‗restrição do fluxo gênico‘, quando duas populações paralelas interrompem seu fluxo genético em função de uma barreira física.
Dessa forma temos o que chamamos de ‗restrição de fluxo gênico‘, entre dois grupos da mesma espécie em duas populações separadas, e o fluxo genético em função de uma barreira física. Cientistas sabem que vários exemplos de espécies de um lado do ritmo do Panamá possuem parentes muitos próximos, são espécies irmãs do outro lado da barreira.
Essas espécies próximas têm até nomenclatura especial, são chamadas de espécies genidas, da mesma raiz da palavra latina gemine que significa gêmeas.
Quando o Oceano a milhões de anos atrás, ficou raso o suficiente para permitir que um trecho completo de terra firme, separando as aguas do Oceano pacifica ao Oeste, e aterrando o mar do Caribe ao Leste, as espécies de organismos marinhos que se espalharam para os dois lados dos ritmos, havia uma barreira física que os impediu das espécies terem acesso umas as outras. Agora tínhamos superpopulações das mesmas espécies separadas por uma barreira física entre elas.
Às vezes as barreiras ambientais que ficam de cada lado da barreira ficam ligeiramente diferentes, criando forças seletivas diferentes, para cada uma das populações, o que leva a aumenta as diferenças entre as populações ao longo do tempo. Ao algum ponto as populações passam a divergir entre si, ao ponto de se serem reconhecidas como duas espécies diferentes.
A Divergência Evolutiva é crucial para entender como a evolução acontece, e como novas espécies são formadas, especiação, a divisão de uma espécie em duas espécies diferentes
Genótipos iguais gerando fenótipos diferentes, por exemplo, dependendo do ambiente, se há muitos competidores, gerinos tendem a apresentar um corpo mais robusto, na falta destes, um corpo menos robusto.
O mesmo fenótipo conforme contextos ecológicos diferentes, e deixando as populações isoladas por muito tempo o mesmo genótipo, elas acabam acumulando adaptações genéticas que faz com que sua capacidade plástica seja reduzida.
E se deixarmos essas populações isoladas por muito tempo, mesmo que ela tem o mesmo genótipo, elas acabam por acumular modificações genéticas, que faz com que aquela plasticidade genótipa seja reduzida, e aquilo que surgiu se torne uma característica intrínseca das populações, teremos uma especiação causada por um processo de plasticidade fenótipa, que a síntese moderna da evolução não alcança.
Epigenética
A Epigética é uma mistura da seleção natural wallaciana com lamarckismo:
Fenótipo, as informações são contidas na cadeia do DNA, que faz com que algumas zonas se fechem e nãos e possa ler, ou se abrem e se possa ler mais facilmente, elas ativam e desativam os genes, e o importante dessas informações, que o fato de retirar ou postar informações, é o condicionamento para fatores ambientais, por exemplo, alimentação, o clima, pode fazer com que determinada características que estavam na informação do DNA, mas que não se mostravam no interior, em determinado momento apareça, porque algo no ambiente os ativa, e que isso passa para gerações futuras, não somente no organismo que sofreu a mudança ambiental, mas que passa para seus descendentes, filhos, netos...
Só basta Retirar um determinado organismo para outro ambiente, para ele começar a expressar determinados genes benéficos a ele naquele novo ambiente, isso é Epigética, isso não é uma influencia de uma mutação, isso é uma adaptação, flexibilidade genômica, que o próprio individuo já possui, que está programado em si mesmo.
_Os filhos mesmo que tenham o mesmo genoma do pai, se eles estão num ambiente onde os pais sofreram modificação epigenética, os filhos vão herdar essa modificação, que pode durar algumas gerações, dependendo da espécie, ou do gene do individuo, ou se tornar constante.
Wallace na seleção natural disse que os ambientes podem mudam os indivíduos, de ambiente para ambiente, porém a Epigenética, soma a isso questões culturais a essas modificações, a seleção Biométrica visa explica como se sucede essa modificação em junção do organismo com a cultura inserida em seus contextos e ambientes.
‘A seleção natural é uma lei Universal’
A seleção natural proposta por Alfred Wallace, Afirma que o meio ambiente é ativo no processo evolutivo, e suas divisões conduzem distinções entre as mesmas espécies, e a luta pela a sobrevivência entre os organismos atuam como selecionadores de caracteres perpetuando os mais aptos a sobreviver em um determinado espaço-tempo.
Quando você lê a lei da seleção natural escrita, condensada dessa forma, ela esta dentro de uma visão ‗Universal biológica‘. A partir dessa premissa todo e qualquer biólogo pode fundamentar sua analise cientifica a utilizando. E ela pode ser aplicada na Vida como um todo, até mesmo no espaço sideral.
É por isso que Darwin, tendo por base essa lei, escreverá rapidamente 40 páginas sobre evolução que apresentará na Reunião da Sociedade Lineana em 1858, em conjunto com o Wallace que selecionou as bases da evolução e da seleção natural. Hoje a lei da seleção natural é aplicada em muitos ramos da ciência biológica, coisas que Wallace e Darwin jamais imaginariam na época, mas de qualquer forma, elas sempre estiveram ali. E Darwin, reunirá mais dados para provar essa ‗lei da seleção natural‘, um ano depois, em 1859. Em seu livro ‗Origem das Espécies‘, porem, nas edições posteriores, críticos de Darwin afirmam que ele se tornou a cada nova edição mais lamarckiniano.
A polêmica em torno da evolução está longe de acabar. Para os cientistas, isso não é uma má notícia: discussões são sempre muito úteis para estimular o conhecimento e forçar um maior rigor nas pesquisas. Apesar de tanto embates, o que não dá para negar é o gênio de Wallace. Depois de tantos ataques e emendas, sua teoria se manteve firme nos calcanhares por mais um século.
Vejamos alguns exemplos modernos da seleção natural de Wallace, em relação às mudanças ambientais, alterarem os ‗mesmos‘ organismos, quando separados em ambientes diferentes.
As características do pássaro felosa troquilóide mudam gradualmente à medida que ele se espalha pela Ásia. No norte do continente, duas variações da espécie não conseguem se reproduzir e podem ser considerados membros de espécies diferentes. A forma como essas espécies se diferenciaram reproduz o modelo de evolução gradual previsto por Wallace, no caso das mariposas Amazônicas e Malaias a ,a separação ambiental e a luta pela sobrevivência entre as espécies as modificam, sobrevivendo o ‗mais apto‘.
Salmões introduzidos em um rio nos Estados Unidos há 60 anos estão prestes a se dividir em duas espécies. A descoberta mostra que a evolução nem sempre ocorre de maneira lenta, como Darwin previa, mas dentro das especificações de Wallace, em relação como ela transcorre (caso das mariposas do vale amazônico-arquipélago Malaio).
Pesquisas recentes mostram que, em alguns casos, as espécies podem evoluir ainda mais rápido do que Gould e Eldredge imaginaram. Um estudo divulgado em outubro do ano passado apresentou evidências de que uma espécie de salmão chegou quase ao isolamento reprodutivo em cerca de 60 anos.
Durante a década de 1930, esse peixe foi introduzido em um hábitat no noroeste dos Estados Unidos composto de um rio e uma praia fluvial. Alguns animais se especializaram em viver na correnteza e desenvolveram características distintas daqueles que habitavam as águas calmas da praia.
Hoje em dia, os peixes de uma população dificilmente se reproduzem com os da outra e, caso isso ocorra, os descendentes têm poucas chances de sobreviver. ―Ainda não se pode dizer que são duas espécies diferentes, mas esse caso é um modelo de como surgem novas linhagens‖, afirma Andrew Hendry, da Universidade de Massachusetts, Estados Unidos, o autor do estudo.
É possível também que a evolução combine a seleção natural de Wallace, com outras leis da natureza. É o que indicam novos estudos das ciências da complexidade. Essa linha de pesquisa parte do princípio de que alguns sistemas possuem tendências que não podem ser explicadas pelas características de suas partes. Por exemplo, não é possível prever a direção de uma avalanche se conhecer apenas as características dos flocos de neve, assim como não se pode partir apenas da psicologia de cada torcedor para entender o comportamento de uma torcida de futebol. É o sistema como um todo, em sua complexidade, que deve ser analisado (Seleção Biométrica)
Seleção Biométrica de Edson Exs.
Para a seleção Biométrica de Edson Exs, o meio fisioquimico (terrestre-espacial) é ativo no processo evolutivo, suas divisões conduzem distinções entre espécies, ambiente-organismo são inter-dependentes, que na luta pela a existência entre ambientes e ambientes , organismos e organismos, seleciona, desprende caracteres, perpetuando o ambiente-organismo mais biométricamente apto a sobreviver em determinado espaço-tempo.
Ou seja ambientes selecionam ambientes, e organismos e vice e versa. Fenômenos espaciais como o ciclo lunar,.por.exemplo, fazem parte do processo evolutivo biométrico, leis da física como a termodinâmica , magnetismo e etc. Como está expresso no meu livro Origens da Vida, Amazon, e-book de Edson Exs. 2019.
Para a Vida existir, é necessário que exista o próprio Universo. Edson Exs
Estudo de fevereiro 2021, revela o que diz a Evolução Biométrica, em relação a fenômenos físioquimicos amplos agirem sobre a Vida como um todo.
"O campo magnético da Terra quase desapareceu, e praticamente abriu o planeta para todas essas partículas de alta energia do espaço sideral. Deve ter sido uma época muito assustadora, quase como o fim dos tempos", comentou Turney
O colapso temporário do campo magnético da Terra há 42.000 anos desencadeou grandes mudanças climáticas que levaram à mudança ambiental global e extinções em massa, mostra um novo estudo internacional co-liderado pela UNSW Sydney e pelo South Australian Museum.
Este dramático ponto de viragem na história da Terra - misturado com tempestades elétricas, auroras generalizadas e radiação cósmica - foi desencadeado pela reversão dos pólos magnéticos da Terra e mudanças nos ventos solares.
As descobertas foram publicadas em 180221.
"Pela primeira vez, pudemos datar com precisão o tempo e os impactos ambientais da última troca de pólo magnético ", disse Chris Turney, professor da UNSW Science e co-autor do estudo.
Livro Origens Da Vida, Amazon e-book de Edson Exs
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