Os primeiros textos filosóficos que tive contato, aí nada garoto, foram os textos de Eclesiastes, porem, pouco tempo depois, comecei a reavaliar aqueles pensamentos, que estão dentro de uma visão estoica, hedonista..

Então, em meu livro Ciensofia ll, os reavalie das seguintes formas:



Há Tudo De Novo Debaixo Do Céu, E Nem Sempre Colhe-se O Que Se Planta




Eis que olhei ‘debaixo do Céu’, e vi que tudo era vaidade, ‘vaidade por vaidade tudo é vaidade', porém, em minha ínfima sabedoria conclui que, há ‘vaidades e vaidades’, a que derriba e a que edifica; a vaidade do asceta e a vaidade do hedonista, a vaidade do exuberante e a vaidade do simplório, a vaidade do tolo e a vaidade do sábio.

Vi a boa vaidade dos que amam a Natureza, e a má vaidade dos que a vilipendiam; a boa vaidade de beneficiar, e a má vaidade de prejudicar; a vaidade paradoxal dos que dizem ‘amar a Deus... ’, porém, desprezam seus semelhantes, e a má vaidade dos descrentes em socorrê-los; vi a boa vaidade dos que zelam o corpo ao mesmo tempo com a má vaidade de não zelar a alma (mente), e vi a excelentíssima vaidade dos que zelam a alma e o corpo, a vaidade suspeita dos que 'desprezam' os bens materiais, mas vivem e morrem agarrados a eles, mas a mais mortífera das vaidades é a vaidade da ignorância, e a mais lapidada das vaidades, é a vaidade da sabedoria.

Debaixo do céu há tudo de novo, para o bem e para o mal, para o que é bom, para o que é ruim. Para cada nascente abre-se um universo de possiblidades, por toda a extensão de sua existência.
Nenhum dia é igual ao outro, o que foi não será igual ao que virá, cada dia é um novo dia, cada dia é um dia.
Até mesmo o que se repete não será igual, percebido, sentido da mesma forma, até o envelhecer é algo novo.

A chuva de hoje não será igual a chuva de amanhã, o sol de hoje não será igual ao sol de amanhã, a tristeza de hoje não será igual a tristeza de amanhã, a alegria de hoje, não será igual a alegria de amanhã.

Não há tempo para tudo debaixo do Céu, às vezes temos tempo de plantar, e não temos tempo de colher, tempo de colher, e não mais tempo para plantar novamente.
Nem sempre colhe-se o que se planta, às vezes plantamos bons frutos, e colhemos maus frutos, quando não, frutos sem sementes, ou nada colhemos, às vezes plantamos o fruto do bem e colhemos o fruto do mal.

E é preciso tempo e sabedoria para perceber, sentir, o mal que vem do ‘bem’, e o bem que vem do ‘mal’, porque é mais fácil mentir do que falar a verdade: a mentira pode durar uma noite inteira, mas a verdade sempre vinga pela a manhã.

Há tempos determinados e indeterminados, propósitos e despropósitos para Tudo, e para nada debaixo do Céu.

Cada um deve usar e usufruir de todo o tempo que lhe dado debaixo do Céu, da melhor maneira possível, de saber a hora de ir a favor do tempo, de ir contra o tempo, de deixar o tempo fluir naturalmente, mas, debaixo do Céu, algumas coisas duram mais que outras. Edson Ecks

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